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Polícia Quinta-feira, 31 de Outubro de 2024, 07:35 - A | A

31 de Outubro de 2024, 07h:35 A- A+

Polícia / ROTA DO SERTÃO

FICCO-MT desarticula organização criminosa que transportava entorpecente e madeira ilegal em veículos clonados

Organização criminosa usava a cidade de Sinop, no Mato Grosso, como base para enviar drogas ao Nordeste e madeira ilegal ao Sudeste do país

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

Na manhã desta quinta-feira (31), a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO-MT) deflagrou a Operação Rota do Sertão para desarticular um grupo criminoso envolvido no tráfico de drogas, transporte ilegal de madeira, lavagem de dinheiro, adulteração de veículos e crimes ambientais. A operação visa cumprir oito mandados de prisão, buscas e sequestro de bens. A organização criminosa usava Sinop, no Norte de Mato Grosso, como base para enviar drogas ao Nordeste e madeira ilegal ao Sudeste.

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Durante as investigações, a FICCO-MT apreendeu 800 quilos de cloridrato de cocaína em Picos, no Piauí. A droga, originária da Bolívia, era armazenada em Sinop e transportada para o porto de Pecém, no Ceará, em carretas que escondiam a carga ilícita sob cargas lícitas de milho, uma estratégia para evitar a detecção.

As medidas foram autorizadas pela 5ª Vara Criminal de Sinop. A operação ocorre também em Sorriso, Lucas do Rio Verde, Guarantã do Norte e Tapurah, envolvendo a apreensão de 22 carretas e quatro veículos de passeio, totalizando um valor estimado de 10 milhões de reais.

Crime ambiental 

A Operação Rota do Sertão, deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO-MT), revelou novas estratégias do grupo investigado, incluindo o uso de caminhões clonados e o transporte de madeira sem documentação ambiental, caracterizando crime ambiental.

Em uma abordagem em Goiânia (GO) foi apreendida uma carga de madeira ilegal transportada sem a devida documentação, e, em 28 de junho, um caminhão com restrição de roubo foi localizado em uma oficina em Sorriso, onde estava sendo desmontado para repassar as peças a outro veículo do grupo. O responsável pela oficina foi preso em flagrante.

Além disso, o grupo utilizava empresas de fachada, registradas em nome de terceiros ("laranjas"), para ocultar a origem e o fluxo do dinheiro e dos bens, que incluíam uma frota de 22 caminhões. As sedes dessas empresas eram registradas em residências de suspeitos ou terrenos baldios.

A operação contou com o apoio das Delegacias da Polícia Federal e Civil em diversas cidades, além da Polícia Militar e da Polícia Rodoviária Federal, reforçando a cooperação entre as forças para combater o crime organizado em Mato Grosso.

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