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Polícia Sábado, 29 de Junho de 2024, 12:04 - A | A

29 de Junho de 2024, 12h:04 A- A+

Polícia / OPERAÇÃO DEALERS

Monitor preso por “droga do amor” será exonerado de escola do DF

A quadrilha foi desarticulada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na manhã dessa sexta-feira (28/6)

MIRELLE PINHEIRO, CARLOS CARONE
DO METRÓPOLES

Preso na manhã dessa sexta-feira (28) por suspeita de integrar uma rede de tráfico de drogas especializada na venda de ácido gama-hidroxibutírico (GHB), popularmente chamado de “G” (lê-se dji) ou “droga do amor”, o monitor Johnny Basto Vasconcelos (foto em destaque) será exonerado do cargo de supervisor administrativo na Secretaria de Educação do DF. O servidor trabalhava em uma escola pública do Gama.

A quadrilha foi desarticulada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). De acordo com investigações da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), o monitor e outros três traficantes, também presos na ação, movimentam a venda do GHB e de cocaína para usuários que frequentam festas de música eletrônica voltadas para o público LGBTQIAPN+.

A Operação Dealers cumpriu cinco mandados de busca e apreensão, autorizados pela 2ª Vara de Entorpecentes de Brasília, contra o monitor e outros três homens, em Águas Claras, no Guará, Jardim Botânico, em Samambaia e Santa Maria. Os alvos têm entre 25 e 45 anos. Entre eles, apenas um tem antecedentes criminais relacionados ao tráfico de drogas.

A droga

A “droga do amor” é um depressor do sistema nervoso central que, em doses controladas, é usado em contextos médicos, mas é amplamente abusado por seus efeitos eufóricos e sedativos, sendo também associado a crimes como o “Boa Noite, Cinderela”.

Durante a operação, foram encontrados diversos tipos de drogas, incluindo GHB e cocaína, quantias significativas de dinheiro em espécie, além de equipamentos característicos de atividades ilícitas, como balanças de precisão e invólucros plásticos para acondicionamento de drogas.

Os suspeitos detidos serão indiciados por tráfico de drogas, crime pelo qual podem ser condenados a penas de até 15 anos de reclusão.

A coluna não localizou a defesa do monitor. O espaço segue aberto.

Educação

Por meio de nota, a Secretaria de Educação do Distrito Federal informou que, até o momento, não recebeu informações oficiais da Polícia Civil sobre os detalhes da investigação. “A Secretaria, por meio da sua Corregedoria, acompanhará rigorosamente o caso e tomará todas as medidas administrativas necessárias para garantir a transparência e a legalidade no processo”, diz o texto.

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