ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O Secretário de Segurança Pública, César Roveri negou nesta sexta-feira (07), que tenha ocorrido o vazamento de informações sobre a ‘Operação Office Crimes - A Outra Face’, deflagrada nesta quinta-feira (06), que resultou na prisão de cinco policiais militares, sendo um deles ex-segurança do governador Mauro Mendes (União Brasil).
Roveri também se manifestou sobre a exoneração do cabo PM, Wailson Alesandro Medeiros, um dia antes da realização da operação da Polícia Civil que teve o militar entre um dos alvos. Ele afirma que a exoneração ocorreu antes do Carnaval, mas por conta do feriado só foi publicada na quarta-feira (05).
Segundo o secretário do Estado, a decisão não teve relação com o andamento da investigação e destacou que a Polícia Civil conduziu o caso de maneira independente e eficiente os mandados de busca e prisão.
Além disso, Roveri disse que o cabo permaneceu na Casa Militar por cerca de 20 a 30 dias e que na época do crime, ele não trabalhava no governo. “Ele foi para o governo em janeiro, saiu em fevereiro, por questões do carnaval acabou publicando esses dias", explicou.
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O secretário explica que não houve vazamento, contudo, a exoneração as vésperas da deflagração da operação trouxe questionamentos sobre a independência da Polícia Civil de Mato Grosso perante ao governo, mas o coronel negou as suposições. "Quando você fala em vazamento, é para prejudicar algum tipo de investigação. A investigação foi prejudicada em que? Todos os suspeitos foram presos, todas as ordens judiciais cumpridas. Tudo que tinha que ser feito pela Polícia Civil de forma independente, autônoma e eficiente foi feito. Tolerância Zero é dentro e fora de casa independente de ser funcionário público. A Polícia Civil de Mato Grosso tem um índice de 90% de homicídios, enquanto a média nacional tem em torno de 38, 40 %. Então nós estamos além da média nacional com uma eficiência muito grande. Então o que eu tenho a dizer é que qualquer crime que acontecer em Mato Grosso, a nossa Polícia Civil, a Polítec e a nossa Polícia Militar, nós estamos preparados para dar resposta para a sociedade", disse durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (07).
Os investigados estão em regime fechado nas respectivas unidades em que trabalham. Na época em que foram presos, todos integravam o quadro de efetivo do Batalhão de Ronda Ostensiva Tático Metropolitana (Rotam).
Veja abaixo onde cada um está:
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Wailson Alessandro – Batalhão de Operações Especiais (Bope), na avenida Historiador Rubens de Mendonça, em Cuiabá
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Wekcerlley Benevides de Oliveira - Batalhão Ambiental, na Capital
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Jorge Rodrigo Martins - na sede da Força Tática de Cuiabá
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Leandro Cardoso - na sede da Força Tática de Várzea Grande
Todos os militares e o caseiro tiveram a prisão mantida em audiência de custódia nesta quinta.
O caso
Renato Nery foi morto em 5 de julho de 2024. Ele chegava a seu escritório quando foi atingido por um tiro na cabeça. O advogado chegou a ser socorrido e submetido a uma cirurgia em um hospital privado de Cuiabá, mas não resistiu e morreu no dia seguinte.