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Polícia Sábado, 08 de Março de 2025, 09:00 - A | A

08 de Março de 2025, 09h:00 A- A+

Polícia / INVESTIGAÇÃO

Secretário de Segurança nega vazamento de operação sobre morte do advogado Nery: PMs foram presos

Além disso, Roveri disse que o cabo permaneceu na Casa Militar por cerca de 20 a 30 dias e que na época do crime, ele não trabalhava no governo

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

O Secretário de Segurança Pública, César Roveri negou nesta sexta-feira (07), que tenha ocorrido o vazamento de informações sobre a ‘Operação Office Crimes - A Outra Face’, deflagrada nesta quinta-feira (06), que resultou na prisão de cinco policiais militares, sendo um deles ex-segurança do governador Mauro Mendes (União Brasil).

Roveri também se manifestou sobre a exoneração do cabo PM, Wailson Alesandro Medeiros, um dia antes da realização da operação da Polícia Civil que teve o militar entre um dos alvos. Ele afirma que a exoneração ocorreu antes do Carnaval, mas por conta do feriado só foi publicada na quarta-feira (05).

Segundo o secretário do Estado, a decisão não teve relação com o andamento da investigação e destacou que a Polícia Civil conduziu o caso de maneira independente e eficiente os mandados de busca e prisão. 

Além disso, Roveri disse que o cabo permaneceu na Casa Militar por cerca de 20 a 30 dias e que na época do crime, ele não trabalhava no governo. “Ele foi para o governo em janeiro, saiu em fevereiro, por questões do carnaval acabou publicando esses dias", explicou. 

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O secretário explica que não houve vazamento, contudo, a exoneração as vésperas da deflagração da operação trouxe questionamentos sobre a independência da Polícia Civil de Mato Grosso perante ao governo, mas o coronel negou as suposições.  "Quando você fala em vazamento, é para prejudicar algum tipo de investigação. A investigação foi prejudicada em que? Todos os suspeitos foram presos, todas as ordens judiciais cumpridas. Tudo que tinha que ser feito pela Polícia Civil de forma independente, autônoma e eficiente foi feito. Tolerância Zero é dentro e fora de casa independente de ser funcionário público. A Polícia Civil de Mato Grosso tem um índice de 90% de homicídios, enquanto a média nacional tem  em torno de 38, 40 %. Então nós estamos além da média nacional com uma eficiência muito grande. Então o que eu tenho a dizer é que qualquer crime que acontecer em Mato Grosso, a nossa Polícia Civil, a Polítec e a nossa Polícia Militar, nós estamos preparados para dar resposta para a sociedade", disse durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (07).

Os investigados estão em regime fechado nas respectivas unidades em que trabalham. Na época em que foram presos, todos integravam o quadro de efetivo do Batalhão de Ronda Ostensiva Tático Metropolitana (Rotam). 

Veja abaixo onde cada um está: 
 

  • Wailson Alessandro – Batalhão de Operações Especiais (Bope), na avenida Historiador Rubens de Mendonça, em Cuiabá

  • Wekcerlley Benevides de Oliveira - Batalhão Ambiental, na Capital

  • Jorge Rodrigo Martins - na sede da Força Tática de Cuiabá

  • Leandro Cardoso - na sede da Força Tática de Várzea Grande


Todos os militares e o caseiro tiveram a prisão mantida em audiência de custódia nesta quinta.

O caso 

Renato Nery foi morto em 5 de julho de 2024. Ele chegava a seu escritório quando foi atingido por um tiro na cabeça. O advogado chegou a ser socorrido e submetido a uma cirurgia em um hospital privado de Cuiabá, mas não resistiu e morreu no dia seguinte.

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