Cuiabá, 19 de Setembro de 2024
DÓLAR: R$ 5,46
FTN Brasil | Jornal de Verdade

Política e Eleições Terça-feira, 17 de Setembro de 2024, 16:57 - A | A

17 de Setembro de 2024, 16h:57 A- A+

Política e Eleições / MODELO ECONÔMICO

Brasil tem trajetória mais inteligente com crescimento, renda e empregos, aponta Haddad

Ministro Haddad explicou que a fórmula foi mirar sempre no equilíbrio, ou seja, sem afrouxamento de gastos, mas também sem cortes excessivos

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reforçou na noite desta segunda-feira (16) estar confiante no sucesso no plano de ajuste da economia brasileira executado desde o início de 2023, balizado na responsabilidade fiscal e também ancorado nos compromissos sociais e com a sustentabilidade.

Ao participar da 24ª edição do evento Valor 1000, em São Paulo, ele explicou que a fórmula foi mirar sempre no equilíbrio, ou seja, sem afrouxamento de gastos, mas também sem cortes excessivos, que impedissem o crescimento do país.

“Conseguimos uma trajetória mais inteligente, preservando emprego e renda”, afirmou o ministro. Ele destacou a importância do novo Arcabouço Fiscal na pavimentação desse novo caminho de desenvolvimento sustentável. “O Arcabouço Fiscal é um pacto para sairmos dessa armadilha que não estava produzindo bons resultados”, disse Haddad.

O ministro lembra que o país ficou 10 anos sob desequilíbrio das contas públicas e sem crescimento. E observa que o novo horizonte proposto  com ações e políticas executadas desde o início do ano passado —é mais sustentável do ponto de vista social, ecológico e fiscal do que modelos anteriores.

 

Correções

A realização desse amplo processo de ajustes exigiu olhar para equívocos do passado e buscar soluções justas. “Precisamos ser intelectualmente honestos uns com os outros e botar os números na mesa, para verificar onde o problema começou”, apontou. Um dos grandes desequilíbrios envolveu a longa duração e a prorrogação da política de desoneração da folha de pagamentos para diversos segmentos produtivos.

“Se não tivéssemos prorrogado a desoneração da folha, estaríamos discutindo mais a questão fiscal, estaríamos chegando ao final do exercício de 2024 com equilíbrio fiscal”, afirmou. Solução para esse problema foi construída em conjunto, em diálogo entre os três Poderes, e resultou na Lei nº 14.973/2024 , publicada em edição extra do Diário Oficial da União nesta segunda-feira, com regras para reoneração gradual da folha de pagamentos.

“Este país estava sendo drenado por vários players que estavam se beneficiado indevidamente daquilo que estava faltando para a sociedade”, apontou o ministro. Entre outros desafios, Haddad advertiu que os esforços em busca do equilíbrio das contas públicas não envolvem somente o Executivo, mas também decisões tomadas pelos demais Poderes.

Acesse nosso canal de notícias no WhatsApp pelo linkFTN BRASIL

Entre outros desafios futuros, lembrou do esforço que será necessário realizar para equalizar, no panorama orçamentário dos próximos anos, a decisão tomada pelo Congresso pelo aumento das despesas com o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). “Saímos de R$ 22 bilhões, em 2022; e o orçamento do ano que vem prevê R$ 56 bilhões. Vai chegar a R$ 70 bilhões em 2026 ou 2027”, afirmou.

Desafios

Ao citar também o sucesso da aprovação da Reforma Tributária sobre o consumo, Haddad manifestou expectativa de que a regulamentação da proposta seja aprovada ainda este ano pelo Congresso. Isso permitiria avançar para uma próxima etapa, a da reforma da tributação sobre a renda.

“Tanto Rodrigo Pacheco (PSD-MG) [ presidente do Senado Federal ] quanto Arthur Lira (PP-AL) [ presidente da Câmara dos Deputados ] fizeram um esforço enorme para promulgar a Emenda Constitucional, no ano passado. O Executivo, com a Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária, fez em 90 dias as duas leis complementares de regulamentação, que já passaram pela Câmara e já estão no Senado. Eu gostaria de chegar no fim do ano comemorando isso [ a aprovação da regulamentação ], porque penso que vai dar mais tempo para discutir, por exemplo, a reforma da renda, que não foi ainda para o Congresso”, afirmou.

Meio Ambiente

Ao ser questionado sobre as queimadas registradas em diversas regiões do país, Haddad ressaltou que o Ministério da Fazenda está empenhado na construção de um modelo de desenvolvimento comprometido com os aspectos ambiental e social, de forma equilibrada. “Talvez, eu seja um dos primeiros ministros da Fazenda do G20 a colocar a questão na mudança climática, os problemas e as oportunidades que gera, no radar do Ministério da Fazenda, como uma questão econômica central de qualquer projeto de desenvolvimento”, afirmou.

Nesse sentindo, o MF lançou, em 2023, o Plano de Transformação Ecológica, cujo objetivo é promover uma mudança nos paradigmas econômicos, tecnológicos e culturais em prol do desenvolvimento a partir de relações sustentáveis com a natureza e seus biomas. A meta é possibilitar a geração de riqueza e sua distribuição justa e compartilhada, com melhoria na qualidade de vida das gerações presentes e futuras.

Comente esta notícia

Esse est et proident pariatur exercitation