ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O deputado estadual Eduardo Botelho (União), presidente da Assembleia Legislativa, afirma que a Casa de Leis irá trabalhar para manter o resultado da eleição da Mesa Diretora, que definiu Max Russi (PSB) como presidente para o próximo biênio que se inicia em fevereiro de 2025. Diante disso, descarta a possibilidade, por hora, de vir a disputar algum cargo na mesa, caso uma nova eleição tenha que ser realizada.
O parlamentar afirma que o Parlamento Estadual ainda não foi notificado sobre a ação movida pela Procuradoria Geral da República (PRG), mas diz que já conversou com a Procuradoria da Casa sobre o assunto.
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Segundo ele, o departamento está pronto para defender a manutenção do pleito. “Nós não fomos notificados ainda. Assim que formos notificados vamos colocar nossa Procuradoria para defender a manutenção da eleição. Vamos esperar ser notificados, a nossa Procuradoria tem convicção que é possível manter a eleição”, disse Botelho na manhã da última quinta-feira (31).
A votação foi ameaçada depois que a Procuradoria Geral da República (PGR), por meio do procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, no dia (29/10). Ele pede a suspensão do processo eleitoral da Casa de Leis devido a antecipação do processo neste ano.
Conforme o procurador, o Regimento Interno do Legislativo de Mato Grosso determina que a eleição da Mesa Diretora para atuação no biênio subsequente deve acontecer na última sessão ordinária do mês de setembro. Porém, neste ano, em função do período eleitoral, a data foi antecipada para o dia 7 de agosto, quase dois meses antes do prazo estabelecido na norma interna.
"Assim que formos notificados, vamos acionar a nossa procuradoria. Já estamos conversando com eles para defender a eleição. Essa data já existe aqui há mais de 12 anos, então não faria sentido essa anulação. A procuradoria tem convicção de que é possível manter a eleição", falou Botelho à imprensa nesta quinta-feira (31).
O presidente da AL também foi questionado se irá se candidatar à Primeira Secretaria caso a interferência da PGR resulte numa nova eleição na Casa de Leis. A princípio, Botelho não se colocou como candidato porque estava focado no projeto à prefeitura de Cuiabá, frustrado ainda no primeiro turno.
Uma decisão também do STF impede que Botelho permaneça na presidência, transmitida a Max num acordo entre os deputados. Por outro lado, ele estaria apto a se tornar primeiro secretário, cargo que foi destinado ao deputado Dr. João (MDB) pouco antes das eleições da Mesa. A mudança de perspectiva após a derrota no pleito municipal poderia colocar Botelho de volta a cena, disputando pela cadeira, contudo, ele preferiu desconversar.
Além de Max Russi presidente, foram eleitos os deputados Júlio Campos (União) para vice-presidente e Dr. João (MDB) como primeiro-secretário.