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Política e Eleições Terça-feira, 26 de Novembro de 2024, 09:50 - A | A

26 de Novembro de 2024, 09h:50 A- A+

Política e Eleições / PRÉVIA DO IBGE

Em novembro, inflação de 12 meses acumula 0,3 ponto acima do ano passado

IPCA Amplo, divulgado pelo IBGE, mostra que os 15 primeiros dias de novembro têm taxa de 0,62%, acima dos 0,54% do mês anterior

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

A prévia da inflação de novembro apresentou alta de 0,62%, após o índice de 0,54% registrado em outubro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado hoje (26) pelo IBGE, aponta que a maior variação e o maior impacto positivo vieram do grupo Alimentação e bebidas, com 1,34% e 0,29 p.p., respectivamente. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,35% e, nos últimos 12 meses, a variação foi de 4,77%, acima dos 4,47% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2023, a taxa havia sido de 0,33%.

Com exceção de Educação, cujos preços recuaram 0,01%, oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta no mês de novembro. O destaque foi Alimentação e bebidas, responsável pela maior variação e o maior impacto no índice. Houve uma aceleração no resultado desse grupo em relação a outubro, quando teve variação de 0,87%. Os grupos Despesas Pessoais (0,83% e 0,08 p.p.) e Transportes (0,82% e 0,17 p.p.) completam o ranking das três maiores variações neste mês.

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No grupo Alimentação e bebidas, a alimentação no domicílio acelerou de 0,95% para 1,65% no mês de novembro. Os aumentos do óleo de soja (8,38%), do tomate (8,15%) e das carnes (7,54%) contribuíram para o resultado. Entre as carnes, o acém (10,02%) foi o que teve o maior aumento. Entre as quedas, destacam-se a cebola (-11,86%), o ovo de galinha (-1,64%) e as frutas (-0,46%).

A alimentação fora do domicílio desacelerou de 0,66% para 0,57%, no mesmo período, em virtude da alta menos intensa da refeição (de 0,70% em outubro para 0,38% em novembro). Por sua vez, a variação do lanche aumentou de 0,76% para 0,78%.

Já no grupo Despesas Pessoais, o resultado foi influenciado principalmente pela alta do cigarro (4,97%), devido ao aumento da alíquota específica do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI incidente sobre cigarros, a partir de 1º de novembro.

No grupo Habitação (0,22% e 0,03 p.p.), a energia elétrica residencial desacelerou de 5,29% em outubro para 0,13% em novembro, com a vigência da bandeira tarifária amarela, a partir de 1º de novembro, que acrescentou R$ 1,885 a cada 100 kWh consumidos. Além disso, foram verificados os seguintes reajustes tarifários:

  • reajuste de 4,97% em Goiânia (5,72%), a partir de 22 de outubro;
  • redução de 2,98% em Brasília (-1,36%), a partir de 22 de outubro;
  • redução de 2,88% em uma das concessionárias de São Paulo (0,35%), a partir de 23 de outubro.

No grupo dos Transportes (0,82%), o subitem passagem aérea subiu 22,56% e teve o maior impacto individual no índice do mês (0,14 p.p.). O subitem ônibus urbano aumentou 1,34%. Em combustíveis (0,03%), houve aumentos nos preços do gás veicular (1,06%) e da gasolina (0,07%), enquanto o etanol (-0,33%) e o óleo diesel (-0,17%) reduziram os preços.

Ainda em Transportes, em São Paulo (0,73%), foram registradas reduções de -9,40% no trem e no metrô, e -4,44% na integração transporte público. Os resultados desses subitens são decorrentes da apropriação da gratuidade concedida a toda população na eleição municipal de outubro e nos dias de realização das provas do ENEM (03/11 e 10/11).

Em relação aos índices regionais, todas as onze áreas de abrangência tiveram alta em novembro. A maior variação foi observada em Recife (0,94%), por conta da alta da gasolina (6,34%) e da passagem aérea (21,12%). Já o menor resultado ocorreu em Porto Alegre (0,25%), que registrou queda nos preços da energia elétrica residencial (-1,67%) e da gasolina (-1,31%).

Mais sobre a pesquisa

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 12 de outubro a 12 de novembro de 2024 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de setembro a 11 de outubro de 2024 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica. Veja os resultados completos no Sidra. A próxima divulgação do IPCA-15, referente a dezembro, será em 27 de dezembro.

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