ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O desembargador e integrante do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (GMF), Orlando Perri, afirmou que o Estado teve avanços importantes no Sistema Penitenciário, e ressaltou que o Poder Judiciário é parceiro na repressão ao crime organizado.
Perri acredita que a única maneira de impedir que crimes deixem de ser comandados a partir das celas do Estado é o efetivo bloqueio do sinal de celulares. Para ele, as operações de retirada de aparelhos dos presos são medidas inócuas, que não impedirão que novos celulares cheguem aos presos e, por isso, apenas o impedimento do sinal modificará o cenário.
Em sua participação no lançamento do Programa de Tolerância Zero ao Crime Organizado pelo governo do Estado nesta segunda-feira (25), o magistrado falou que nenhuma das unidades prisionais de Mato Grosso tem bloqueio de sinal de celular. Ele disse que informações da pasta de Segurança Pública do Estado dão conta de que não houve ainda empresa devidamente qualificada para instalar o serviço.
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“Não tem bloqueador de celular em presídio nenhum em Mato Grosso. Aliás, há tempos a Secretaria de Segurança Pública está tentando encontrar um sistema que tenha eficácia no bloqueio de celulares dentro do sistema prisional, mas, até agora, todas as provas técnicas que foram realizadas falharam”, declarou o desembargador.
O magistrado ainda acrescentou que algumas empresas chegaram a instalar sistema de bloqueio na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. Durante os testes, o bloqueio teria ocorrido, tendo em vista a reclamação de moradores e comerciantes do entorno. Porém, nas provas técnicas, todos os testes falharam, segundo ele.
“(Retirada de mais de 200 aparelhos da PCE) e vão continuar tirando em todas as operações que tiverem lá. Nós precisamos é buscar um sistema eficiente como esse que vimos na visita técnica para bloquear os celulares dentro das unidades prisionais, porque a corrupção não vai acabar nesse país tão cedo”, declarou Perri sobre as recentes operações para este fim. Conforme ele, um sistema israelense visitado por autoridades do estado seria o mais eficaz para se implantar em Mato Grosso, que ainda não é empregado no país.