ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
Após voltar de férias, o governador Mauro Mendes (União Brasil), comentou pela primeira vez sobre as ações que pretende implementar para socorrer os 600 comerciantes do Shopping Popular de Cuiabá, que tiveram suas lojas destruídas com incêndio que atingiu o local na madrugada da última segunda-feira (15).
Mendes estava em viagem quando ocorreu o incêndio e, após lamentar a situação, disse que estudos estão sendo realizados para que as decisões sejam tomadas de maneira técnica e dentro da legalidade.
Sobre o incêndio no Shopping Popular, o governador informou que foi repassado a ele a falha na comunicação da ocorrência. O chamamento da viatura dos bombeiros, se tivesse ocorrido de forma mais célere, Mendes acredita que o resultado teria sido outro.
“Foi me relatado que parece que houve uma falha de comunicação, me parece que houve 26 minutos para ser reportado o incêndio ao Corpo de Bombeiros. Seguramente, isso é um tempo muito grande. Se naqueles 5 minutos, quando as fumaças começaram a acontecer, se o Corpo de Bombeiros tivesse sido comunicado... em sete minutos os bombeiros chegaram ao local”, ponderou.
O Gestor Estadual declarou que toda e qualquer contribuição do governo do Estado para reconstrução do Shopping Popular em Cuiabá será feita a partir de decisões técnicas e por meios legais.
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"Vamos levantar os meios legais, temos que agir dentro da legalidade, mas já está sendo construído dentro da Desenvolve MT linhas de crédito subsidiadas para que essas alternativas sejam construídas. Outras estão sendo estudadas para que dentro daquilo que a lei permite fazer, nós tenhamos condições de contribuir para que haja uma retomada daquela importante atividade", falou o governador.
De acordo com Mauro Mendes, apesar da situação dos comerciantes ser dramática, é preciso também agir com "racionalidade". "Não sou de ficar tomando decisões precipitadas. O Governo quer ajudar, o Governo vai ajudar. Nós temos que fazer isso dentro de uma linha racional, técnica e não agir de impulso ou com outro viés. O Governo vai agir tecnicamente para que soluções venham acontecer", frisou.
Pressionado sobre a doação de recursos estaduais, nos moldes do repasse de R$ 50 milhões ao Rio Grande do Sul, para ajudar nas obras de reconstrução causada pela enchente no estado, o chefe do Executivo Estadual deixou claro que o recurso enviado teve a aprovação massiva da população e foi pago por produtores rurais, oriundo de um fundo especificamente pago pelo setor ao governo.
“Todas são grandes catástrofes, lamentáveis catástrofes. O governo ajudou lá, foi uma aprovação unânime da sociedade mato-grossense e o dinheiro foi tirado dos produtores rurais, porque foi de um fundo pago pelos produtores rurais de Mato Grosso. Uma boa percentagem desses produtores rurais são (sic) oriundos lá do Rio Grande do Sul. Ponto. Foi aprovada uma lei e a doação foi feita”, disse, taxativo".
Mauro Mendes também citou que aquele auxílio também foi realizado após estudos e com "dinheiro dos produtores rurais". "Nesse caso específico, são cidadãos mato-grossenses que merecem o mesmo respeito e mesmo carinho. Governo está olhando isso com critério, assim como fizemos no outro caso. Lá, não deu enchente num dia e no outro o Governo amanheceu dando entrevista e falando aos quatro cantos o que iria fazer. Nós estudamos, analisamos para tomar decisões sérias, corretas e aplicar corretamente o dinheiro público para qualquer mato-grossense e qualquer brasileiro", assinalou nesta quarta-feira (17), em coletiva de imprensa no Palácio Paiaguás.
Embora admita e reforce que os atingidos pelo incêndio que dizimou o Shopping Popular são tão merecedores da atenção do governo como a população do Rio Grande do Sul, Mendes pontuou que nenhuma medida, como empréstimo a juros zero, como está sendo levantada, será tomada no afogadilho.
“Eu não sou um governador de ficar tomando decisões precipitadas O governo quer e vai ajudar, nós temos que fazer isso dentro de uma linha racional, técnica, e não agir de impulso e com outro viés. O governo vai construir tecnicamente a solução para que a ajuda possa acontecer”.
Sobre a pressa em atender os cerca de 600 lojistas que tinham comércio no local, reiterou: “não deu a enchente em um dia e no dia seguinte o governo amanheceu dando entrevista e falando aos quatro cantos de Mato Grosso o que faria, o que pretendia fazer. Nós estudamos, analisamos para tomar decisões sérias, corretas e aplicar corretamente o dinheiro público”.