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Política e Eleições Quinta-feira, 30 de Janeiro de 2025, 16:40 - A | A

30 de Janeiro de 2025, 16h:40 A- A+

Política e Eleições / MEDIDA EXTREMA

Governador Mauro Mendes projeta copiar decreto de Donald Trump e compara facções criminosas como 'terroristas'

O chefe do Executivo Estadual indignado com a ação dos criminosos ao destruir uma loja de presentes e utensílios e deve adotar medidas extremas para combater organizações criminosas em MT

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

O governador Mauro Mendes (União Brasil), afirmou que irá acionar a Procuradoria para verificar a possibilidade de elaborar um projeto de lei que passe a classificar as facções criminosas que atuam em Mato Grosso como grupos terroristas.

“Isso é terrorismo o que foi feito lá. A forma com que praticam assassinatos é coisa de terrorista, é absurdo. Se eu tiver esse poder [de classificar como terroristas] eu farei, vou consultar se podemos. Vou pedir pra estudar se podemos declarar que toda facção seja tratada como terroristas”, disse o governador em entrevista à Rádio Jovem Pan na manhã desta quarta-feira (29).

O gestor estadual, inclusive, afirma que está disposto a encampar o projeto mesmo se houver algum impedimento jurídico. “Vou pedir para estudar e vamos fazer e deixa o Supremo Tribunal Federal dizer que é ilegal, porque tudo que fazemos aqui diz que é inconstitucional”, colocou.

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A medida tem como base uma decisão do presidente dos Estado Unidos, Donald Trump que ordenou que os cartéis ligados ao tráfico internacional de drogas fossem classificados como organizações terroristas internacionais.

Mauro Mendes avaliou a atitude do Trump e disse que poderá adotar a medida, tendo em vista, a guerra travada pelo Estado contra as facções criminosas.

Criminosos incendiam comércio em Paranatinga

A investigação da Polícia Civil até o momento apontou que o incêndio ocorrido na terça-feira (28), foi uma represália ao dono da loja de presentes e utilidades atingida, que se negou a pagar valores aos criminosos. Imagens de câmeras de segurança confirmaram que um dos suspeitos foi visto dentro no interior do estabelecimento comercial fazendo cobranças aos funcionários da loja.O incêndio criminoso destruiu a loja e acabou causando danos a outras duas propriedades vizinhas.

 A Polícia Civil prendeu na tarde desta terça-feira (28), dois homens de 24 e 25 anos que são suspeitos de executar os ataques criminosos que destruíram lojas do centro de Paranatinga. Eles têm longa ficha criminal. 

Logo após os ataques durante a madrugada desta terça-feira, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) reforçou o policiamento em Paranatinga com equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Rotam, Força Tática, Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e Gerência de Operações Especiais (GOE).

O secretário de Estado de Segurança Pública, coronel PM César Roveri, destacou que as equipes policiais agiram rápido e deram a resposta à altura, seguindo a determinação do programa de Tolerância Zero as facções criminosas, instituído em Mato Grosso.  
“De imediato, enviamos reforço e equipes das unidades especializadas da Polícia Militar e Civil que se deslocaram para o município. A resposta já foi dada com a identificação pela manhã dos mandantes, que estavam presos e foram transferidos para setores isolados. A Polícia Civil também prendeu os executores desses atos criminosos pela tarde.
 O trabalho prossegue com ações ostensivas e de investigação no município, dentro da política de tolerância zero as facções criminosas em Mato Grosso”, ressaltou o secretário.

Programa "Tolerância Zero" 


Em novembro de 2024, o governador lançou o programa Tolerância Zero Contra o Crime Organizado como forma de aumentar a repressão às facções criminosas que atuam em Mato Grosso. Dentre tantas medidas como aumento do policiamento e até mesmo troca do comandante geral da Polícia Militar, foi promulgada uma lei que visa endereçar as regras dentro dos presídios estaduais.

Decreto de Trump

Ao assumir seu mandato como 47º presidente dos Estados Unidos, Donald Trump anunciou uma decisão histórica: os cartéis de tráfico de drogas serão classificados como organizações terroristas estrangeiras como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV) - têm características técnicas similares aos dos cartéis e por isso podem entrar na lista. 

A medida, segundo o presidente, permitirá uma resposta mais vigorosa no combate ao narcotráfico e suas atividades criminosas. O decreto abre a possibilidade de operações militares na região, gerando preocupações sobre as consequências dessa medida.

Entre os grupos mencionados no decreto, estão o Trem de Arágua e a gangue MS-13, embora a designação de “cartéis” seja aplicada de forma mais abrangente. Trump enfatizou que esses grupos representam uma séria ameaça ao Hemisfério Ocidental e à segurança dos Estados Unidos, estabelecendo uma nova política para enfrentar suas atividades criminosas.

Historicamente, o uso da força militar para lidar com ameaças fora do território americano não é uma prática nova. No entanto, a abordagem em relação a organizações envolvidas no narcotráfico e ao terrorismo tem sido tratada de maneira diferenciada. Embora o decreto não mencione explicitamente a participação militar, um documento adicional assinado por Trump sugere a possibilidade de um destacamento militar, citando a entrada de opioides como um risco à soberania dos EUA.

 

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