PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Na manhã de quarta-feira (29), o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, durante vistoria, determinou a desocupação de dois galpões alugados pelo município de Goiânia, no Setor Santa Genoveva. A medida visa reduzir despesas da prefeitura, que gasta R$ 110 mil mensais com o aluguel de dois galpões para armazenar materiais inservíveis.
Foto: Alex Malheiros
“Como se pode ver, estamos gastando mais de 100 mil reais por mês de aluguel por mês para guardar uma porção de lixo. Pedi para que seja feito um levantamento de outros locais que guardam esse tipo de material, inclusive nas escolas que estão com salas fechadas, porque servem como depósitos para guardar carteiras e cadeiras velhas”, disse o prefeito.
De acordo com o prefeito, as secretarias de Educação e de Administração estão fazendo um levantamento do material que ainda possa ter utilidade, por exemplo, para doação para entidades assistenciais, como lares de idosos, e também para cooperativas de reciclagem. “Vamos dar baixa no material restante que faz parte do patrimônio do município, dando ciência ao Tribunal de Contas dos Municípios, para desocupação desses galpões e de salas de aulas para que voltem a funcionar”, explicou.
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Em entrevista à imprensa, Mabel lamentou o desperdício de material e o gasto do município com aluguel de galpões para guardar materiais que não têm mais nenhuma utilidade, citando também livros escolares que não podem mais ser utilizados na rede de ensino, pois perderam a validade.
“Isso me dá uma tristeza tão grande de ver tanto material desperdiçado, mas pelo menos vamos desocupar esses galpões e vamos parar de pagar 100 mil reais de aluguel por mês. E vamos também desocupar todas as salas de aula que guardam esse tipo de material”, pontuou Mabel.
A titular da Secretaria de Educação, Giselle Faria, também falou sobre o desperdício de recursos do município para manter em galpões material inservível. “É um desperdício, primeiro porque se paga aluguel para guardar material que não mais se precisa; segundo, porque não está mais nas mãos de nossas crianças, que precisam de livros. É um descaso atrás do outro”, disse.
Giselle informou que alguns materiais aproveitáveis estão sendo enviados para as escolas, entre eles parquinhos, estantes, tênis, uniformes e fantasias. Quanto ao material sem utilidade, a secretária disse que poderá destiná-los a entidades filantrópicas. “O município não pode mais ficar pagando aluguel de seis galpões só da Educação, com média de 90 mil reais por mês. É dinheiro que a gente poderia usar para abrir escolas, Cmeis, comprar computadores e fazer muitas coisas que as nossas crianças precisam”, ressaltou.
O secretário de Administração, Celso Dellalibera, informou que o material que está nos galpões está sendo catalogado, destinando parte dele que pode ser leiloado, como veículos apreendidos que viraram sucatas. “São ritos legais que devem ser cumpridos. Não tem sentido pagar para guardar o que não serve mais. Vamos entregar todos os galpões e revisar também outras localidades”, afirmou.
Otimizar recursos
A iniciativa da prefeitura de Goiânia segue a linha de otimização de gastos e eficiência na gestão pública. Além da desocupação dos galpões no Setor Santa Genoveva, a vistoria realizada por Celso Dellalibera nos três galpões alugados na Avenida Perimetral Norte, na Vila João Vaz, reforça o compromisso com a redução de custos e a melhor alocação de recursos.
Lá são quatro galpões alugados, ao custo de R$ 60 mil mensais, dos quais três para a Secretaria Municipal de Educação (SME) e um para a Semad. “São R$ 720 mil por ano para guardar inservível. Não faz nenhum sentido, vamos nos livrar disso o mais rápido possível para entregar esses imóveis”, disse Dellalibera.
Durante a vistoria, o secretário fez avaliação sobre qual material pode ser aproveitado, como mesas e cadeiras, o que deve ser leiloado e os materiais inservíveis, que deverão ser doados a associações de recicláveis. “É uma estrutura imensa, onde estamos guardando material de todo tipo, desde veículos até bancas e manequins que não servem mais para nada”, afirmou Delallibera.
No caso da centralização dos órgãos municipais no Paço, Delallibera estima que em até três meses seja concluído o trabalho de remoção das divisórias das salas, que criará um ambiente de coworking corporativo, possibilitando uma atuação integrada. “Estamos avaliando a necessidade de colocar mais gente para agilizar o trabalho, mas tem de ser rápido, coisa de no máximo dois, três meses para essa readaptação”, concluiu.