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Política e Eleições Quinta-feira, 30 de Janeiro de 2025, 16:00 - A | A

30 de Janeiro de 2025, 16h:00 A- A+

Política e Eleições / CAOS DO BRT

"Nossa prioridade máxima é a população, e essa obra está causando transtornos", afirmou o presidente do TCE durante vistoria do BRT

O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso, conselheiro Sérgio Ricardo, acompanhado do vice-presidente, conselheiro Guilherme Antonio Maluf, na manhã desta quinta-feira (30), vistoriou as obras do BRT na Avenida do CPA

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

Na manhã desta quinta-feira (30), o presidente do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, acompanhado do vice-presidente, conselheiro Guilherme Antonio Maluf, vistoriou as obras do sistema de ônibus de trânsito rápido (BRT), realizadas pelo governo do Estado de Mato Grosso, na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA), que atualmente estão paralisadas.

A construção do BRT começou em janeiro de 2024, nas proximidades do Comando Geral da Polícia Militar, na Avenida do CPA, e avançou pelo canteiro central até o trecho entre o Viaduto da Miguel Sutil e o CPA. No entanto, as obras não seguiram em direção à região central da cidade e permanecem sem avanços.

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Em entrevista à imprensa, o presidente do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT), Sérgio Ricardo, comentou sobre o andamento das obras do BRT:

"Essa obra teve início em 2022 e deveria ter sido concluída em 2024. Houve um aditivo, e agora a previsão de entrega foi estendida para 2025 ou 2026. Na realidade, nós, do Tribunal de Contas, já temos uma opinião formada: entendemos — e fica a dica para o governador do estado — que as três empresas responsáveis pela obra definitivamente não têm condições de conduzi-la e muito menos de concluí-la."

 O consórcio responsável pelas obras do BRT é formado pelas empresas Nova Engevix Engenharia e Projetos S.A., Heleno & Fonseca Construtécnica S.A. e Cittamobi Desenvolvimento em Tecnologia Ltda. O contrato foi firmado em 2022, no valor de R$ 468.031.500,00. Segundo Sérgio Ricardo, a opção mais viável é que o governo rescinda o contrato com as empresas responsáveis pelas obras do BRT e contrate uma nova empresa com prazo definido para início e conclusão do projeto.

"Eu entendo que o caminho seja o governo rescindir o contrato com as três empresas, realizar um processo emergencial e contratar uma nova empresa que inicie e conclua a obra dentro de um prazo estabelecido. A empresa responsável atualmente já alterou a data, mudou os valores, e a tendência é que, quanto mais tempo uma obra demora para ser concluída, mais cara ela fica", afirmou o presidente do TCE-MT.

Transtorno para população

As obras do BRT têm gerado transtornos para a população, empresários e até para o próprio governador, Mauro Mendes. Com os constantes atrasos, motoristas reclamam dos congestionamentos, da falta de segurança na via, com buracos e crateras expostas que dificultam o acesso e da demora para veículos e ônibus do transporte público transitarem pela Avenida Historiador Rubens de Mendonça.

"Nossa prioridade máxima é a população, e essa obra está causando transtornos. Ela já deveria estar pronta. Trata-se de uma obra simples, basicamente a aplicação de concreto sobre um asfalto já existente. Os dois trechos por onde o BRT passará consistem em concreto sobre a via, sem grandes intervenções estruturais. No entanto, as empresas responsáveis estão utilizando maquinário obsoleto, que não funciona adequadamente e a prova disso é que a obra não avançou", completou Sérgio Ricardo.

O setor empresarial, que mantém lojas e comércios ao longo da avenida, cobra uma solução do governo estadual, alegando que o movimento caiu mais de 50% desde o início das obras.

"Na opinião do Tribunal, já identificamos prejuízos. Não há trabalhadores na obra, e essas empresas não possuem condições financeiras nem estruturais para dar continuidade ao projeto. Essa obra deveria ter sido entregue em 2024. Realizamos levantamentos e constatamos que apenas 18,30% da obra foi concluída. Uma obra que deveria ter sido entregue 100% em 2024, mas até agora foi executada apenas 18%", declarou o conselheiro Sérgio Ricardo.

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Foto: Paula Valéria/FTN Brasil

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