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Política e Eleições Quarta-feira, 24 de Julho de 2024, 13:40 - A | A

24 de Julho de 2024, 13h:40 A- A+

Política e Eleições / FORÇA-TAREFA NO MS

Governo Federal mobiliza 700 profissionais de diversas áreas para atuarem na Operação Pantanal 2024

Os esforço da força-tarefa, que reúne servidores de diversas áreas, resultou na extinção ou controle de 89,5% dos focos de incêndio na região e no resgate de 548 animais silvestres

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

O combate aos incêndios no Pantanal conta com uma força-tarefa de 700 profissionais do Governo Federal. Este ano, os esforços começaram mais cedo, com uma contratação recorde de brigadistas pelo Ibama em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o coordenador-geral do Prevfogo/MS, Márcio Yule, já foram contratados 145 brigadistas, sendo que quase metade foi recrutada em junho. A antecipação visa fortalecer a prevenção e preparação para a temporada de incêndios, que geralmente começa em agosto. Desde o início das atividades, esses brigadistas têm atuado ativamente no combate ao fogo.

“São 145 brigadistas que já estão contratados. A gente contratou quase metade do contingente no mês de junho, porque o objetivo principal era fazer uma boa prevenção, preparação para a temporada de incêndio que normalmente começa em agosto. Mas desde o primeiro dia desses brigadistas eles já começaram a atuar no combate”, ressaltou o coordenador-geral do Prevfogo/MS, Márcio Yule, responsável por todas as operações de combate aos incêndios do Pantanal.

As equipes de combate aos incêndios no Pantanal iniciaram suas atividades no primeiro dia de junho. Em 20 de junho, reforços de brigadistas de outros estados chegaram, incluindo equipes de Rondônia, Bahia, Goiás, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Foi montado um grande acampamento na base da Brigada Pronto Emprego de Corumbá para coordenar os esforços.

Do total de profissionais em campo, 268 são das Forças Armadas, 344 do Ibama e ICMBio, 72 da Força Nacional de Segurança Pública e 16 do Ministério da Saúde e da Polícia Federal. Na operação, 16 aeronaves federais estão sendo utilizadas: 4 aviões e 3 helicópteros do Ibama e ICMBio, e 2 aviões e 7 helicópteros das Forças Armadas. Além disso, há 30 embarcações em ação, sendo 22 das Forças Armadas, 7 do Ibama e ICMBio, e 1 da Polícia Federal.

Responsável por atender os demais profissionais que atuam na operação, o brigadista chefe de enfermaria do Prevfogo, Jeffite Cordeiro Ambrósio, exerce essa função com orgulho.

“Todos os dias, quando eu saio de casa, olho para trás e lembro da minha família, e eu sei que meus companheiros também fazem isso. Então, o motivo de eu estar aqui ajudando eles é porque sei que cada um aqui tem família e cada um precisa voltar para as suas famílias”, declarou.

"A gente está num ano totalmente atípico”, explicou a funcionária do Ibama Ana Maria Canut, chefe da Operação Pantanal Sul. Os incêndios na região começaram muito mais cedo: desde o início de junho já tinha brigada em combate.

No Pantanal, segundo ela, o período crítico é agosto e setembro. “Então, uma coisa que eu peço para a população é não utilizar o fogo. Quer seja fazer uma fogueira, quer seja fazer limpeza de roça. Não é o momento mais de a gente utilizar fogo, porque está muito crítico e isso pode piorar os incêndios florestais”, fez o apelo. O uso do fogo no Pantanal está proibido e é crime, com pena de 2 a 4 anos de prisão.

Servidora lotada em Brasília (DF), Ana Maria é responsável pelo combate ampliado, montagem de equipes e apoio à construção de operações. “Outro recado que eu quero deixar para as famílias é: se o fogo estiver chegando próximo da sua casa, chame o profissional apto a combater. Nossos telefones estão no site, ou você pode ligar no 0800-061-0808, que é o 0800 do Ibama, pra gente poder ajudar”, informou.

Boletim 

Dos 67 focos de incêndio registrados no Pantanal até segunda-feira, 22 de julho, 42 já foram completamente extintos e outros 18 estão controlados. Sete permanecem ativos, o equivalente a 10,5% do total, e estão sendo monitorados pelos governos federal e estadual. Ainda restam ilhas, troncos, árvores e outros combustíveis florestais queimando na área — focos ativos que precisam ser extintos para não ultrapassar a linha de controle e provocar novos incêndios. As equipes em campo já resgataram 548 animais silvestres.

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