ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O transporte com menor custo para o usuário no país é o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), conforme apontado pela pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) "Mobilidade da População Urbana". Em Mato Grosso, o modal foi descartado pela gestão de Mauro Mendes (União) e uma das alegações para a troca pelo BRT (ônibus de trânsito rápido em inglês) foi o alto custo da passagem.
Foram comparados os custos médios desde o transporte particular até os meios públicos. Entraram nessa conta táxi, carro próprio, serviços de aplicativo, mototáxi, moto própria, transporte alternativo legalizado, ônibus, metrô, trem, transporte clandestino e o VLT, sendo este último mais barato até que as conduções ilegais.
Enquanto um passageiro gasta, em média, R$ 9,75 por dia para andar de ônibus, com o VLT esse custo cai para R$ 7,65. Ao longo de 20 dias úteis, isso significa uma diferença de R$ 42. e em um ano representaria um pagamento de R$ 504 a mais para quem andar de ônibus.
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O meio de transporte mais caro mostrado no levantamento é o táxi, com R$ 45,69 por dia, seguido pelo carro próprio, com R$ 29,91. No outro lado da tabela vem o VLT como mais barato, seguido pelo transporte clandestino, por R$ 8,30, e do trem urbano, por R$ 8,79 por dia.
A maioria dos usuários, 61,8%, realizam deslocamentos em todos os dias úteis da semana. Independentemente do tamanho da cidade, o maior motivo para o deslocamento diário é o trabalho, principalmente para as pessoas entre os 20 e 59 anos.
O documento mostrou ainda que o ônibus é o transporte mais utilizado porque é a única opção disponível, segundo responderam 52,7% dos entrevistados. E, enquanto em Cuiabá e Várzea Grande o Estado investe em ônibus para atender a população, a tendência no país é a redução do uso desse meio pela população.
"Um ponto de atenção constatado pela pesquisa consiste na quantidade de pessoas que relataram terem deixado de utilizar o transporte público por ônibus nos últimos anos. Segundo os dados, 56,9% dos participantes confirmaram que deixaram de usar totalmente o ônibus (29,4%) ou diminuíram o uso (27,5%)", consta no relatório.