ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Procuradoria Geral da República (PGR) se manifeste na ação movida pelo vereador Jeferson Siqueira (PSD) contra o prefeito Abilio Brunini (PL) a respeito das acusações de suposta interferência do Comando Vermelho, nas eleições da Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá. O parlamentar solicita que o STF obrigue o prefeito a apresentar provas de suas declarações.
Conforme consta nos autos do processo, a ação foi protocolada em 18 de dezembro, quando Abilio ainda exercia o cargo de deputado federal. Por esse motivo, no processo, ele figura como parlamentar e não como prefeito.
“Durante suas manifestações, o deputado afirmou que uma organização criminosa amplamente conhecida como Comando Vermelho teria atuado para garantir a eleição de vereadores na capital de Mato Grosso. De acordo com suas declarações, a influência dessa organização não se limitaria ao processo eleitoral. Segundo o querelado, o grupo também estaria interferindo na disputa pela presidência da mesa diretora da Câmara Municipal de Cuiabá”, escreveu a defesa de Jeferson.
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Na época em que protocolou o processo, Jeferson era o cabeça de chapa da oposição na disputa pela Mesa Diretora. Nos autos, ele afirma que Abilio teria insinuado que o Comando Vermelho estava financiando sua campanha para a Mesa Diretora.
“É neste contexto que o interpelado [Abilio] vem insinuando que a organização criminosa supramencionada estaria apoiando a chapa encabeçada pelo interpelante”, afirmou a defesa.
No processo, a defesa de Jeferson pede que Abilio esclareça as acusações feitas contra ele e informe quais vereadores, segundo suas alegações, teriam sido eleitos com dinheiro do crime organizado.
A ministra Cármen Lúcia manifestou que Jeferson já apresentou todos os documentos necessários no processo e, diante disso, determinou que a PGR se manifeste sobre o caso.