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Política e Eleições Segunda-feira, 18 de Novembro de 2024, 15:15 - A | A

18 de Novembro de 2024, 15h:15 A- A+

Política e Eleições / CASO ZAMPIERI

Ministro Gilmar Mendes pediu "cautela" na divugação de informações sobre investigações do assassinato do advogado Roberto Zampieri

“Nós estamos interessados no esclarecimento desses fatos. Nem tudo que se divulga é necessariamente verdadeiro, é preciso ter muita cautela em relação a essas divulgações", declarou o ministro em coletiva na ALMT

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, fez um apelo por cautela ao comentar as investigações sobre o assassinato do advogado Roberto Zampieri, durante uma coletiva de imprensa na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), nesta segunda-feira (18), em Cuiabá. Mendes destacou a importância de não tomar como verdades todas as informações divulgadas, afirmando que é necessário refletir criticamente sobre o que é compartilhado, tanto por parte das autoridades responsáveis pelas investigações quanto pela imprensa.

Em sua fala, Mendes reforçou que é fundamental agir com responsabilidade na divulgação de informações para garantir o correto andamento das apurações e evitar a disseminação de informações imprecisas ou prejudiciais.

“Nós estamos interessados no esclarecimento desses fatos. Nem tudo que se divulga é necessariamente verdadeiro, é preciso ter muita cautela em relação a essas divulgações, muita reflexão em torno disso. Isso vale para nós, para as autoridades investigadoras e vale para a imprensa”, afirmou Mendes.

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Caso Zampieri

O caso do assassinato de Zampieri gerou a suspeita de um esquema de venda de decisões judiciais no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Durante as investigações, mensagens de celular revelaram que o empresário cuiabano Andreson de Oliveira estava em contato com Zampieri e com servidores do STJ, o que complicou ainda mais o cenário e atraiu a atenção pública para possíveis implicações de corrupção no sistema judiciário.

As investigações sobre o assassinato do advogado Roberto Zampieri avançam no Supremo Tribunal Federal (STF) após um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). O caso envolve duas ações distintas. A primeira, que tramitava na 12ª Vara Criminal de Cuiabá, tem como réus o coronel reformado Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, suspeito de financiar o crime, Hedilerson Fialho Martins Barbosa, acusado de intermediar o homicídio, e o pedreiro Antônio Gomes da Silva, que confessou ter matado Zampieri.

A segunda ação, que estava sob investigação no Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá (Nipo), apura o envolvimento do fazendeiro Aníbal Manoel Laurindo, indiciado pela Polícia Civil de Mato Grosso como possível mandante do assassinato.

O ministro explicou a decisão de transferir o caso ao STF, destacando que a medida foi tomada devido à repercussão do caso, considerando as possíveis implicações para a prerrogativa de foro. Ele afirmou que, a pedido da PGR, o processo foi distribuído ao ministro Cristiano Zanin, que será responsável por conduzir as investigações. Mendes também se comprometeu a acelerar o andamento do caso, mas se esquivou de comentar sobre o impacto negativo para a imagem do Judiciário.

“Os fatos estão sendo investigados. Como se entendeu que poderia haver repercussão na esfera da prerrogativa de foro esse processo, a pedido da Procuradoria Geral para o Supremo, foi distribuído ao ministro [Cristiano] Zanin, que ficará responsável por conduzir as investigações”, disse.

Acompanhe o vídeo da coletiva de imprensa na ALMT:

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