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THAIZA ASSUNÇÃO
DO MIDIA NEWS
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou mais uma vez o habeas corpus solicitado pela defesa da cirurgiã dentista Mara Kenia Dier Lucas, mantendo sua prisão preventiva. A decisão foi tomada pelo ministro Messod Azulay Neto e publicada nesta segunda-feira (18). Este é o segundo pedido de habeas corpus negado, já que, em outubro, o STJ também rejeitou uma solicitação semelhante da defesa.
Mara Kenia Dier Lucas é investigada na Operação Escamotes, conduzida pela Polícia Federal, que apura um esquema de tráfico de drogas e armas de Mato Grosso para outros estados. Ela é casada com Flávio Henrique Lucas, empresário considerado o suposto líder da organização criminosa, que também está preso. A operação continua em andamento, e a prisão preventiva de Mara visa garantir a continuidade das investigações.
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A defesa impetrou um novo habeas corpus no STJ após a Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso negar trancar a ação penal contra ela e manter a sua prisão preventiva.
No HC, a defesa apontou a ocorrência de "constrangimento ilegal" e "falta de fundamentação" para a manutenção da prisão da dentista.
Na decisão, porém, o ministrou considerou que o pedido liminar confunde-se com o mérito e, por isso, a análise mais aprofundada da matéria ocorrerá no julgamento definitivo.
“Assim, não obstante as razões apresentadas pela defesa, é imprescindível detida aferição dos elementos de convicção constantes dos autos para verificar a existência do constrangimento ilegal alegado. Por tais razões, indefiro o pedido de liminar”, decidiu.
Operação Escamotes
Ao todo foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva, expedidos pela Justiça Estadual de Mato Grosso.
As ações foram cumpridas em Cuiabá, Várzea Grande, Vitória da Conquista (BA) e Hidrolândia (GO).
As averiguações tiveram início em agosto de 2023, durante a prisão em flagrante de uma pessoa transportando cerca de 40 quilos de entorpecentes em um fundo falso de um veículo. As investigações foram aprofundadas, fazendo com que a polícia chegasse aos supostos líderes.
Estima-se que o grupo tenha transportado toneladas de entorpecentes e diversas unidades de armas de fogo de uso permitido e restrito para outros estados da federação.
A Operação Escamotes contou com aproximadamente 50 policiais federais e oito membros do Gaeco de Mato Grosso.