DO SITE FOLHAMAX
Uma ação que tramita na Justiça Eleitoral investiga se a prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti (PL), teria praticado "caixa 2" e arquitetado uma suposta "milícia digital" para propagação de fake news durante a campanha eleitoral de 2024.
A ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) foi proposta pelos diretórios municipais do MDB e União Brasil em Várzea Grande e tramita atualmente em segredo de justiça. Nela, a prefeita teria supostamente articulado uma espécie de "milícia digital".
O alvo do trupo seria o ex-prefeito e então candidato à reeleição, Kalil Baracat (MDB), que acabou sendo derrotado por Flávia Moretti no pleito do dia 6 de outubro de 2024.
Na ação eleitoral, a atual gestora é suspeita de calúnia, injúria e difamação contra seu antecessor, por uso abusivo de meios de comunicação, incluindo o uso da internet e das redes sociais para disseminação de informações falsas.
A audiência de instrução e julgamento do caso será realizada no próximo dia 13 de março e terá ainda a participação do líder do MDB em Várzea Grande, Versides Sebastião de Moraes e Silva, além do comandante do União Brasil na cidade, Juarez Toledo Pizza.
Além das suspeitas de disseminação de fake news contra Kalil Baracat, é investigada ainda a possibilidade de um suposto caixa dois por conta de omissões na prestação de contas da prefeita.
Em parecer, o Ministério Público Eleitoral (MPE) apontou que os fatos apurados são graves e mencionou inclusive jurisprudências que apontaram que os episódios investigados são classificados como fake news.
O órgão ministerial apontou que há indícios robustos do uso das redes sociais para propagação de materiais sabidamente falsos ou descontextualizados, pedindo assim a condenação da prefeita, seu vice. Ela corre risco até mesmo de ter o registro de candidatura cassado.