R.BLATZ
DA REDAÇÃO
O senador Jayme Campos (União) reforçou a relevância da pesquisa eleitoral como ferramenta decisiva no cenário político e reafirmou sua disposição para disputar o Governo de Mato Grosso em 2026.
Ele destacou que a pesquisa é o instrumento mais moderno dos últimos 100 anos, sendo essencial para embasar decisões estratégicas dentro das eleições.
A declaração foi feita ao ser questionado sobre o critério para escolha do candidato ao Governo dentro do União Brasil, tendo em vista que o governador Mauro Mendes (União), deve lançar seu vice, Otaviano Pivetta (Republicanos).
No ano passado, o União Brasil lançou o deputado estadual Eduardo Botelho (União) para a Prefeitura de Cuiabá, que acabou derrotado na disputa, ficando fora do segundo turno.
"Aquilo lá não tem critério. Havia as pesquisas. Nós sabemos que a pesquisa é o último instrumento mais moderno nos últimos 100 anos que surgiu no mundo. Entretanto, naquela época, o Botelho despontava muito bem em relação ao outro possível candidato que era o deputado Fábio Garcia. Foi lançado e lá, depois de amplo debate e diálogo, que isso não vai ocorrer no União Brasil, pode ter certeza”, disse.
“Eu sou do União Brasil. Eu não sei por que vocês estão preocupados com o Republicanos. O partido é o União Brasil. Uma pessoa só não pode falar pelo partido, amigo. Não tem essa prioridade, não tem essa prerrogativa. O próprio Diretório Nacional não aceita esse tipo de intervenção. Ter candidatura de governador em um estado é um privilégio para um partido. Vamos com calma. Aqui não é nenhum fazendão, é bom esclarecer isso”, acrescentou.
Pesquisa recente da PercentBrasil, contratada pela TV Cuiabá e pelo Portal O Documento, revelou um cenário acirrado na disputa pelo Palácio Paiaguás. Segundo os dados, Jayme lidera a corrida em Várzea Grande, sua principal base eleitoral, com 23,3% das intenções de voto. O percentual, no entanto, está muito abaixo do desempenho que o senador costumava ter em sondagens anteriores, quando alcançava até 60% de preferência na cidade.
A pesquisa também apontou um empate técnico entre Jayme, o senador Wellington Fagundes (PL) e o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos). Fagundes aparece com 19,8% das intenções de voto, enquanto Pivetta soma 14,5%, dentro da margem de erro de 4,89 pontos percentuais.
Mais distantes, o empresário Odílio Balbinotti (PL) e o senador Carlos Fávaro (PSD) também aparecem tecnicamente empatados, com 7,8% e 7,3%, respectivamente.

Ronye Steffan - especialista em política e eleição
"Jayme Campos tem muito mais bagagem política e eleitoral para a disputa ao governo dentro do União Brasil. Além de senador, já foi governador e prefeito de Várzea Grande por três mandatos. Quando medimos pesquisas de popularidade e intenção de voto entre Jayme e Pivetta em nível de estado, o senador tem maioria esmagadora em todas as regiões". disse Ronye Steffan, especialista em política e eleição.
A PercentBrasil aplicou a técnica “survey”, que consiste em entrevistas individuais com intervalo de confiança de 95%. A coleta de dados, com 400 entrevistados, se deu entre os dias 18 e 22 de fevereiro. A margem de erro é de 4,89% para mais ou para menos.
Ao comentar a possibilidade de entrar na corrida pelo Governo, Jayme Campos destacou sua experiência política e se colocou pronto para enfrentar qualquer concorrente.
"Você vai tirar na cotovelada um cidadão que tem seis eleições e seis vitórias? Por favor, né amigo. Três vezes prefeito de Várzea Grande, governador do Estado e duas vezes senador da República. Se o Jayme sair na parada, está montado no tanque de guerra, da R15, ponto 30, ponto 50, pronto para disputar. Eu sou vencedor, é bom que vocês esclareçam”, pontuou.