ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O primeiro debate dos candidatos à Prefeitura de Cuiabá, realizado nesta terça-feira (20), foi marcado por inúmeras ofensas entre os participantes e foco no candidato que lidera as pesquisas eleitorais: Eduardo Botelho (União). O deputado virou alvo dos demais candidatos, sobretudo de Lúdio Cabral (PT) e Abilio Brunini (PL). Já Domingos Kennedy (MDB) correu por fora na disputa, com menor presença nas trocas de farpas, mas defendendo a atual gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).
O debate foi realizado pelo site da TV Centro América, que proíbe a troca de ofensas. Ainda assim, os candidatos comentaram sobre acusações de corrupção e sobre contratos com a Prefeitura de Cuiabá vinculado com o atual prefeito de Cuiabá (MDB) Emanuel Pinheiro.
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Lúdio x Botelho
O primeiro embate ocorreu entre Lúdio e Botelho, o petista agiu com técnica e utilizou a sua experiência na Saúde Pública para desqualificar as propostas do deputado estadual para o setor. “Generalidades”, foi assim que o petista classificou todos os projetos apresentados por Botelho para a saúde de Cuiabá.
“Nós não vamos resolver os problemas da saúde de Cuiabá com generalidades. Precisamos de ações efetivas e concretas”, disse Ludio. O parlamentar, inclusive, repetiu essa mesma frase por duas vezes durante o debate, quando o confronto foi entre ele e Botelho. Abilio, por sua vez, já mostrou como seria o seu posicionamento do debate desde a sua primeira manifestação.
O petista lembrou a discussão na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) após a apresentação de um projeto de lei para transformar o Bus Rapid Transit (BRT) em R$ 1,00. "O Estado iria entregar de presente o BRT para as empresas de ônibus até 2037, uma mega-sena por ano. Nós denunciamos este contrato e apresentamos um projeto de lei", comentou.
"Infelizmente, o deputado Eduardo Botelho se desequilibrou em plenário. Foi muito lamentável, foi uma postura muito triste. É importante a população estar sempre atenta a isso", comentou Lúdio.
"Graças a nossa denúncia, o governador cancelou o contrato que já hvia assinado e tarifa umreal pra fazer justiça e reparar o sofrimento de trabalhadores e empresários".
A fala provocou o primeiro direito de resposta solicitado por Botelho, que não foi atendido pela organização do debate.
Abilio x Botelho
Em tom de deboche e ironia, o congressista liberal direcionou todos os seus questionamentos a Botelho, mesmo quando as perguntas eram feitas aos outros dois candidatos.
Abilio acusou Botelho sobre supostas acusações de corrupção ao ser questionado pelo seu adversário se alguém seria capaz de votar em uma pessoa como ele. Botelho respondeu: "Acho que sim. Eu não sou corrupto. Pode procurr no google agora mesmo, operação Bereré e Botelho". O liberal afirmou que Botelho chegou de devolver dinheiro ao Ministério Público Estadual após fazer acordo com o Detran.
Por sua vez, Botelho realizou novo pedido de resposta após tamanha acusão de corrupção que também foi negado.
Em seguida, Botelho afirmou que Brunini teria "roubado a igreja. "Esse cidadão roubou a igreja. Tem uma pessoa que fez um vídeo e filmou dizendo que ele {Abilio} roubou a igreja. O que levou o deputado federal a fazer o seu primeiro pedido de resposta, que foi concedido pela direção do debate.
Em sua fala, Abilio disse que Botelho deveria "pedir desculpas à igreja Assembleia de Deus". "Eu posso ceder esse um minuto ao Botelho por ele ter me ofendido dessa forma tão baixa? Você não é desse jeito, Botelho", afirmou o candidato.
Na segunda rodada do debate, Abilio voltou a provocar ao afirmar sobre "loteamentos" de cargos na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).
Botelho contra-atacou ao afirmar que Abilio deseja colocar "câmeras" nas repartições públicas. Segundo o deputado, Brunini "desrespeita" o servidor. "Você acha que todo servidor público é bandido, é ladrão, respeita o servidor público, tudo que tem nesse Estado é graças a vida dessas pessoas", afirmou.
Em outro momento, Abilio chegou a criticar os apoiadores de Botelho, citando o vereador Adevair Cabral e o ex-vereador João Emanuel. O liberal questionou o candidato do MDB, Domingos Kennedy, sobre o loteamento de cargos na Prefeitura de Cuiabá. “Você acha que ele tratando a saúde de Cuiabá como trata a Assembleia Legislativa, a saúde de Cuiabá vai melhorar? […] Não dá para falar que é novo e agir igual ao Emanuel Pinheiro”, alfinetou novamente Abilio.
Quando o confronto foi direto entre o congressista e Botelho a troca de acusações foi ainda mais pesada. O deputado estadual chamou Abílio de desequilibrado e ainda o acusou de roubar a Igreja Assembleia de Deus. “Esse cidadão roubou a igreja, foi funcionário fantasma de um deputado federal. Eu tenho história Abilio, e tenho competência para resolver os problemas de Cuiabá”, disse. O liberal rebateu e lembrou que Botelho foi alvo da Operação Bererê. “Calúnia e difamação é crime, e eu não roubei a igreja”, completou.
Em contrapartida, Abilio sugeriu que Botelho pedisse desculpas a ele e a igreja. "Você não precisa se rebixar esse nível. Aproveita e pede desculpas aos irmãos da igreja Assembleia de Deus pra que você tenha coragem e honra de ir lá visitá-los. Nós não podemos ofender uma igreja por causa de um debate político. Eu tenho respeitado todas as regras da igreja. Ele não pode falar, mas eu falo: Pede desculpas. Quando chegar na igreja ore por ele pra que Deus abençoe a vida delee o livre dessa maldade". disse Abilio em tom de deboche.
Sem contar que Abilio comparou a todo momento a imagem de seu rival Botelho ao atual prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro, e ainda citou por várias vezes as empresas da família do parlamentar, que prestam serviço ao governo do Estado e a Capital.
Lúdio e Abilio
A relação entre Lúdio e Abilio foi marcada per pouquíssimos embates e falaram sobre propostas de forma mais amena. O deputado federal iniciou lembrando do episódio onde Botelho empurrou Ludio no plenário da Assembleia Legislativa durante uma discussão sobre o BRT, modal que está sendo implantado em Cuiabá e Várzea Grande. “O senhor se sente seguro estando ao lado do Botelho? Não teme levar um empurrão se questionar sobre o BRT?”, questionou Abilio ao candidato do PT. “Estou aqui para apresentar propostas e não para atacar ninguém”, rebateu Ludio lamentando o episódio relembrado por Abílio e citando o seu projeto para garantir que a tarifa do BRT seja fixada em R$ 1 real.
Em tom sereno o petista rebateu Abilio. "Candidato Abilio, eu vim para esse debate para apresentar propostas. Nós não estamos aqui pra fazer deboche. Nós estamos aqui para dialogar com a população e aquilo que queremos para a nossa cidade.Com equilíbrio emocional, com compostura e respeito às pessoas".
“Nós não vamos resolver os problemas da saúde de Cuiabá com generalidades. Precisamos de ações efetivas e concretas”, disse Ludio. O parlamentar, inclusive, repetiu essa mesma frase por duas vezes durante o debate, quando o confronto foi entre ele e Botelho.
Abilio, por sua vez, já mostrou como seria o seu posicionamento do debate desde a sua primeira manifestação. O deputado federal iniciou lembrando do episódio onde Botelho empurrou Ludio no plenário da Assembleia Legislativa durante uma discussão sobre o BRT, modal que está sendo implantado em Cuiabá e Várzea Grande. “O senhor se sente seguro estando ao lado do Botelho? Não teme levar um empurrão se questionar sobre o BRT?”, questionou Abilio ao candidato do PT. “Estou aqui para apresentar propostas e não para atacar ninguém”, rebateu Ludio lamentando o episódio relembrado por Abílio e citando o seu projeto para garantir que a tarifa do BRT seja fixada em R$ 1 real.
Já em outro momento, Abilio chegou a dizer que faria pergunta para Lúdio sobre saúde porque seria um assunto que ele "entende".
Os dois também comentaram sobre suas propostas em "dobradinha" quando o assunto foi transporte público. Momento que Abilio e Lúdio utilizaram para falar do BRT. Momento raro de atrito entre os dois ocorreu no penúltimo bloco do debate, quando Lúdio brincou que Abilio copiava suas propostas na área de mobilidade urbana. Em resposta, Brunini afirmou ao petista que possui "duas especializações em mobilidade urbana".
Kennedy e Botelho
O candidato Kennedy cutucou seu adversário Botelho ao mencionar que como presidente da Casa de Leis e deputado estadual, Botelho aprovou a Lei Complementar 746 que tira dinheiro do município de Cuiabá. "70 milhões dava para comprar remédio por uma ano nos hospitais municipais de Cuiabá. Você sabia disso? Que estava aprovando uma lei que ia diminuir a arrecadação pra Cuiabá rebateu Kennedy.
Em seguida, Botelho ao respoder Kennedy assume o erro cometido: " Nós temos que rever essa lei porque ela realmente é prejudical não só para Cuiabá, mas para Várzea Grande, para Rondonópolis. Todos os grandes centros de aglomerado urbano. Porque ela é prejudicial sim para os municípios aqui da Baixada Cuiabana".
Domingos Kennedy agradece seu adversário por reconhecer o grande equívoco cometido dentro do parlamento estadual.
Abilio e Kennedy
Candidato Abilio questionou seu rival do MDB, Domingos Kennedy, sobre o loteamento de cargos na Prefeitura de Cuiabá. “Você acha que ele tratando a saúde de Cuiabá como trata a Assembleia Legislativa, a saúde de Cuiabá vai melhorar? […] Não dá para falar que é novo e agir igual ao Emanuel Pinheiro”, alfinetou novamente Abilio.
Em contrapartida aos ínúmeros ataques e as troca de farpas, os quatro candidatos debateram sobre saúde, educação, saneamento básico, assistência social, entre outros temas.
