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Política e Eleições Sexta-feira, 24 de Maio de 2024, 07:51 - A | A

24 de Maio de 2024, 07h:51 A- A+

Política e Eleições / PROPOSTA INSUFICIENTE

Professores da Universidade Federal de MS recusam proposta do governo e greve continua

Em Mato Grosso do Sul, a paralisação total pode afetar mais de 25 mil estudantes matriculados em 138 cursos da UFMS

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

Na tarde desta quinta-feira (23), a Associação dos Docentes da UFMS (ADUFMS) durante assembleia recusou a proposta de reajuste do governo federal. Sendo assim, a greve dos professores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) continua vigente no Estado.

A proposta de reajuste do governo federal foi considerada insuficiente pelos docentes, que exigem melhorias nas condições de trabalho, valorização da carreira docente e garantia de direitos. A greve dos professores da UFMS já dura algumas semanas e tem causado impacto no funcionamento da universidade.

De acordo com a presidente da Adufms, Mariuza Guimarães, uma contraproposta será enviada para o Comando Nacional de Greve e avaliada junto as decisões de assembleia de todo o Brasil.

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Além disso, uma nova assembleia foi marcada para o dia 29. Na próxima segunda-feira (27), o grupo se reunirá com o Governo Federal para discutir as propostas.

A contraproposta da Adufms é a seguinte:

- Diminuição do interstício de 18 para 12 meses;

- Reajuste Linear: 3,5% 2024; 9,0% 2025; 5% 2026;

- Steps em aberto para discussão no CNG;

- Em última instância: mantido o 0% em 2024, aumentar índice para 2026;

- Benefício fiscal desconto de 70% no IRPF por 5 anos;

De acordo com a última atualização, a greve dos professores da UFMS está com mais servidores públicos paralisados em todo o Estado. Segundo Mariuza, pelo menos 68% já aderiram à greve, 3% que a atualização anterior.

O movimento visa à recomposição salarial, ou seja, a correção dos salários conforme a inflação, além de melhorias nas condições de trabalho e na qualidade da educação pública.

25 mil alunos afetados

Em Mato Grosso do Sul, a paralisação total pode afetar mais de 25 mil estudantes matriculados em 138 cursos da UFMS. A paralisação das aulas depende de cada curso, mas os docentes não têm obrigação de aderir à greve.

Além disso, o reitor Marcelo Turine criou um grupo de trabalho para tratar do movimento grevista dos professores, assim como realizado com o movimento de greve dos servidores técnico-administrativos.

Desde o dia 14 de março, servidores técnico-administrativos da UFMS pararam as atividades em ação nacional.

Em nota, a UFMS informou que a greve é um direito constitucional e a adesão é individual. No entanto, a instituição esclareceu que não haverá suspensão do Calendário Acadêmico de 2024 pela reitoria.

Os professores da UFMS estão em greve desde o dia 1° de maio, em conjunto com outras universidades federais de todo o país, que também estão reivindicando melhores condições de trabalho e investimentos na educação pública. A paralisação dos professores é uma forma de pressionar o governo a atender suas demandas e garantir a qualidade do ensino superior no Brasil.

A greve dos professores, ocorre nove anos após a última paralisação da categoria em Mato Grosso do Sul. O movimento grevista nacional recebeu adesão de 39 instituições federais em todo o país, conforme levantamento do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior).

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