PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
“Temos de reescrever a história do DAE do zero”, declarou a prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti, durante sua primeira visita à Estação de Tratamento de Água (ETA), nesta sexta-feira (3), sobre a reconstrução do Departamento de Água e Esgoto (DAE) será conduzida pela Concessão Privada, destacando que a situação precária das estruturas públicas exige medidas urgentes. Acompanhada pelo presidente do DAE, Coronel Sandro Azambuja, a prefeita ressaltou que a parceria com a iniciativa privada é fundamental para superar os desafios enfrentados pelo sistema de abastecimento de água e tratamento de esgoto no município.
"A partir de agora é trabalhar três vezes mais para conseguirmos levar água para as pessoas, lógico, um trabalho dentro do planejamento que está sendo traçado nos próximos 100 dias para amenizar o sofrimento da população", afirmou a prefeita.
Foto: Matheus Guimarães/Secom VG
Em entrevista à imprensa, Flávia Moretti reforçou que o problema de abastecimento será enfrentado com planejamento estratégico e uma grande força-tarefa. Segundo a prefeita, ainda não foi aberto o edital para o processo de concessão devido ao recesso da Câmara Municipal, mas os procedimentos técnicos e a revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico já estão sendo avaliados e são o ponto de partida para a mudança do modelo.
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Ela aproveitou a oportunidade para desmentiu informações de que a solução levaria de 10 a 20 anos, afirmando que a concessão é um processo gradual, mas com resultados visíveis em médio prazo.
“Não se trata de privatização do DAE, e sim de uma concessão privada, que inclui etapas como a análise da situação dos servidores e a transição para uma possível gestão pela concessionária. O processo deve levar cerca de um ano e meio para ser concluído, mas já estamos focados em melhorias na distribuição”, explicou.
O Coronel Sandro Azambuja, presidente do Departamento de Água e Esgoto (DAE), comentou sobre os desafios enfrentados pela cidade no fornecimento de água tratada, apesar de sua significativa produção diária de aproximadamente 115 milhões de litros nas cinco Estações de Tratamento de Água (ETAs). Ele destacou que a infraestrutura da rede de distribuição, composta em grande parte por canos antigos e mal planejados, está repleta de vazamentos, o que limita a capacidade de operação com pressão ideal.
“Não posso colocar toda essa água na rede com alta pressão, pois os canos antigos não suportariam. Estamos diagnosticando o que precisa ser melhorado, dividido e construído para que as ETAs atendam toda a cidade como um todo.”
Azambuja também ressaltou a importância de reduzir o desperdício de água, que é tratado como um problema cultural e econômico. “Água é alimento, e precisa ser tratada com respeito. Temos problemas de rompimento de redes e vazamentos, mas também de desperdício, o que custa muito aos cofres públicos”.
Sobre os próximos passos, o presidente informou que o diagnóstico inicial dos vazamentos já começou e que será necessário adquirir materiais para reparos e melhorias. “Esperamos que nos próximos 100 dias já tenhamos resultados concretos na distribuição de água”, concluiu.
