PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Na terça-feira (21), o Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso recebeu a visita do prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini, para discutir soluções relacionadas ao pagamento de ex-trabalhadores da Santa Casa de Misericórdia, que possui uma dívida trabalhista de R$ 52 milhões. A presidente do TRT, desembargadora Adenir Carruesco, ressaltou que a situação da Santa Casa é uma das grandes demandas sociais que exige um esforço conjunto com o Poder Público para encontrar uma solução.
“Temos grandes demandas sociais ligadas às questões trabalhistas, uma delas é a da Santa Casa, que nos supera e precisamos tratar com o Poder Público para construir uma solução”, disse a presidente.
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O coordenador de Apoio à Efetividade da Execução do TRT, juiz Angelo Cestari, explicou que o objetivo era avaliar o interesse do município em relação ao prédio, e o prefeito Abilio Brunini demonstrou disposição para colaborar com o Tribunal na busca de uma solução para o problema. “Nossa intenção era ver o interesse do município no prédio e o prefeito se mostrou solícito para ajudar o Tribunal a encontrar uma solução”, afirmou o juiz Angelo Cestari. “Quitamos uma parte e agora estamos levantando o valor do prédio para repassar algo de concreto para a comissão de credores sobre o que pode ser feito”, completou.
O prefeito Abilio elogiou o empenho do TRT-MT na busca por uma solução para o caso e se colocou à disposição para ajudar na resolução do impasse. Ele afirmou: “Parabenizo a Justiça do Trabalho pela iniciativa em buscar uma solução, que não é fácil. Nós vamos colaborar no que puder ser feito para ajudar na questão.” declarou Abilio reafirmando estar à disposição em colaborar para resolver a dívida trabalhista da Santa Casa de Misericórdia.
Crise financeira
A Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá encerrou suas atividades em março de 2019, após enfrentar uma grave crise financeira que resultou no não pagamento dos salários de seus empregados por cerca de sete meses. Em maio de 2019, o Governo do Estado assumiu as instalações do hospital por meio de uma requisição administrativa, transformando o local em uma unidade estadual.
Desde então, o Governo repassou aproximadamente R$ 22 milhões pelo uso da estrutura, recursos que foram destinados ao pagamento de salários atrasados e outras verbas de ex-empregados. Contudo, o montante não foi suficiente para quitar a totalidade das dívidas. Diante disso, a Justiça do Trabalho continua buscando alternativas para resolver o pagamento dos débitos restantes.
