ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O vereador por Cuiabá Rafael Ranalli (PL) irá apresentar o projeto "Lei Anti-Oruam",com o objetivo de fazer com que a prefeitura da capital possa se negar a fazer investimentos nas festas de Carnaval.
De acordo com o vereador, a ideia é proibir o financiamento público de artistas que tenham músicas e apresentações que façam apologia ao crime organizado, tráfico e uso drogas, além da sexualização excessiva. O movimento ficou conhecido como "Lei Anti-Oruam" por combater o show do rapper Oruam, filho líder do Comando Vermelho no Brasil Marcelinho VP e que defende a libertação do pai.
O vereador afirma que se o projeto for aprovado, a Prefeitura de Cuiabá não terá que arcar com a festa cultural nos próximos 3 anos. “Eu vou apresentar o projeto que exime a prefeitura de fazer qualquer investimento no Carnaval pelos próximos três, quatro anos. Porque a gente tem rua alagada, buraco na cidade, a Saúde está um caos e vai gastar dinheiro com festa? Essa é uma ideia inicial, mas a prefeitura poderá fazer parceria, mas não despender gastos efetivamente”, disse o vereador na última terça-feira (04).
Acesse nosso canal de notícias no WhatsApp pelo link: FTN BRASIL
"Esse moleque, rapper, funkeiro, chame como quiser, ele só faz músicas de apologia ao crime organizado, sexualização e abuso de crianças. A vereadora Amanda Vettorazzo, de São Paulo, lançou essa legislação e convocou todos os vereadores de direita a lançar esse projeto. E aqui em Cuiabá em encampei o Projeto Anti-Oruam", afirmou Ranalli.
O movimento começou em São Paulo, com a vereadora Amanda Vettorazzo (União-SP), que mencionou o rapper durante a defesa do seu projeto na Câmara de São Paulo. Depois disso ela começou a receber ameaças de morte e de estupro dos fãs de Oruam.
No país, segundo Vettorazzo, mais de 80 municípios já debatem projetos semelhantes, que tem o apoio em Mato Grosso dos deputados federais José Medeiros (PL) e Rodrigo da Zaeli (PL).
"A gente proíbe que municípios como Cuiabá tragam cantores que tenham essa predileção por gostos musicais duvidosos, que incentivem e façam apologia ao crime organizado. Essa lei vai passar por essa Casa e conto com o apoio de todos os colegas. Dos colegas que não gostam de bandidos e vagabundos, espero que esses colegas me apoiem", enfatizou.