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Política e Judiciário Sexta-feira, 18 de Abril de 2025, 08:30 - A | A

18 de Abril de 2025, 08h:30 A- A+

Política e Judiciário / SOLTURA NEGADA

Tribunal de Justiça de Mato Grosso nega pedido de liberdade e mantém procurador da ALMT preso por matar morador de rua

A defesa alegou que a detenção não poderia ter sido convertida em prisão preventiva, pois, segundo o jurista, o suspeito se apresentou de forma espontânea e entregou a arma usada no crime.

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

O desembargador Gilberto Giraldelli do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT),  em decisão proferida na quarta-feira (16), negou o pedido de liberdade do procurador da AL, Luiz Eduardo de Figueiredo Rocha e Silva, que matou com um tiro na cabeça, o morador de rua Ney Muller Alves Pereira, em Cuiabá.

A Polícia Civil classificou o caso como homicídio doloso qualificado por motivo fútil, à traição, por emboscada e por recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima. 

Na decisão, Giraldell rejeitou as alegações da defesa patrocinada pelo advogado Rodrigo Pouso, que tentou anular a prisão em flagrante. A defesa alegou que a detenção não poderia ter sido convertida em prisão preventiva, pois, segundo o jurista, o suspeito se apresentou de forma espontânea e entregou a arma usada no crime.

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“Com base em tais premissas, e atento à prova pré-constituída ao remédio heroico, em um juízo de cognição sumária, não constato, prima facie, manifesta ilegalidade, teratologia ou abuso de poder aptos a ensejar a extravagante concessão liminar... Diante do exposto, INDEFIRO a tutela de urgência reclamada em prol do paciente LUIZ EDUARDO DE FIGUEIREDO ROCHA E SILVA”, diz trecho da decisão.

A defesa ainda apontou para a possibilidade de abuso de poder na prisão de Luiz, porém, o desembargador não encontrou indícios que apontem para tal ação.

O investigado segue preso no presídio da Mata Grande, em Rondonópolis (212 km de Cuiabá).

O processo tramita em segredo de justiça. 

O CASO


O procurador da ALMT matou o andarilho na noite de 9 de abril, depois de ter recebido informações de que a vítima, horas antes, teria depredado seu veículo, uma Land Rover, no estacionamento de um posto de combustíveis.

O executor não havia visto a vítima cometendo a tal depredação e foi guiado por informações de terceiro para encontrá-la. Segundo depoimento prestado por Luiz Eduardo à polícia, ele teria procurado a Polícia Militar na região do Boa Esperança para denunciar a depredação em seu veículo, quando viu a vítima.

No retorno do suposto acionamento da PM, encontrou novamente a vítima, decidiu parar o carro ao seu lado e atirar.

O procurador se entregou à polícia no dia seguinte ao fato, quando o flagrante foi cumprido e ele, preso. A arma utilizada no assassinato, assim como o veículo do acusado foram apreendidos pela polícia. 

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