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Política e Judiciário Sexta-feira, 18 de Abril de 2025, 10:50 - A | A

18 de Abril de 2025, 10h:50 A- A+

Política e Judiciário / CASO EMELLY

Juiza nega pedido de exames para atestar sanidade mental apresentado pela defesa de Nataly que assassinou adolescente de 16 anos

Para o juízo da 14ª Vara Criminal de Cuiabá, não há necessidade de instaurar os procedimentos psiquiátricos e psicológicos a fim de atestar a sanidade mental de Nataly. A defesa irá analisar se entrará com recurso novamente

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

A Justiça de Mato Grosso negou os pedidos de exames de sanidade mental feitos pela defesa de Nataly Helen Pereira, que visam analisar se a ré confessa estava em pleno funcionamento de suas faculdades mentais quando matou e roubou o bebê da adolescente grávida Emelly Azevedo Sena, de 16 anos, em março deste ano. 

Para o juízo da 14ª Vara Criminal de Cuiabá, não há necessidade de instaurar os procedimentos psiquiátricos e psicológicos a fim de atestar a sanidade mental de Nataly. A defesa irá analisar se entrará com recurso novamente. 

As defesas patrocinadas pelos advogados Ícaro Vione e André Luis Mello Forte  publicaram respostas às acusações contra a acusada na segunda-feira (14). No documento, defenderam que os procedimentos são necessários a fim de “garantir a segurança da sociedade”, caso seja confirmado que Nataly de fato sofra com problemas mentais.

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Segundo os advogados,  por mais que a acusada seja condenada a mais de 100 anos de prisão, a legislação brasileira permite que a pena seja cumprida em regime fechado por apenas 40 anos.

Por ser ré primária  e não possui antecedentes criminais. poder contar com a diminuição da pena com trabalhos prestados e bom comportamento, e esse prazo pode se reduzir ainda mais. 

O jurista ainda apontou: “como que nós queremos que a Nataly seja recebida aqui fora? Vocês se sentiriam seguros perto de alguém que não tem discernimento do que é certo ou errado e viver em sociedade sem risco de que ela possa fazer algo errado novamente?”.

Ele apontou que, diferente do regime criminal, em caso de internações por problemas psicológicos, a acusada poderá ficar reclusa por muito mais tempo, a depender da avaliação de equipe técnica, somada a possibilidade de internação compulsória, prevista em lei.

Nataly está presa em cela e segue isolada de outras detentas na Penitenciária Feminina Ana Maria do Couto May, em Cuiabá.

O caso

O crime bárbaro ocorreu no dia 12 de março, em uma casa no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá. Emelly foi até a residência do irmão da assassina para buscar doações para sua filha, que estava prestes a nascer, pois estava grávida de nove meses.

Nataly planejou toda a ação: atraiu a vítima, deixou-a inconsciente ao aplicar um mata-leão pelas costas, amarrou os punhos e as pernas e ainda colocou duas sacolas em sua cabeça. A cova já estava cavada no fundo do quintal onde tudo aconteceu.

Vale destacar que Nataly demonstrou tamanha frieza ao retirar o bebê do ventre da mãe enquanto ela ainda estava viva. Emelly teve a barriga cortada com uma navalha e uma faca.

Diante de tamanha monstruosidade e menosprezo à vítima, o Ministério Público denunciou Nataly pelos crimes de feminicídio, tentativa de aborto, subtração de recém-nascido para colocação em lar substituto, parto suposto, ocultação de cadáver, fraude processual, falsificação de documento particular e uso de documento falso.

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