RAVENNA ALVES
DO METRÓPOLES
Um estudo da Universidade Nottingham Trent sugere que dois terços dos homens sentem “tristeza pós-sexo” após se masturbarem, enquanto metade das mulheres experimenta sentimentos semelhantes.
O sexo casual é o principal gatilho para um fenômeno psicológico conhecido como disforia pós-coito, que envolve emoções negativas após um ato sexual satisfatório, como tristeza, ansiedade, agitação ou até agressividade.
Embora essa condição já tenha sido estudada em relacionamentos sérios, a pesquisa buscou entender se os britânicos também vivenciam esses sentimentos durante a masturbação ou sexo casual.
Disforia pós-masturbação e sexo casual
O estudo, realizado online com 156 participantes, apontou que mais de três quartos dos homens que se masturbam sofrem de disforia pós-coito. As taxas para os homens foram de 72,5% após a masturbação e 49% após o sexo casual.
Entre as mulheres, que representaram dois terços do grupo estudado, as taxas de disforia pós-masturbação foram menores, com 51% relatando esses sentimentos. Já após o sexo casual, o índice foi significativamente maior, chegando a 77%.
No estudo, publicado no Journal of Sex & Marital Therapy em maio, a pesquisadora e autora do estudo, Darcie Raftery, afirma que os sentimentos após a masturbação “provavelmente estão ligados a sensações de culpa e vergonha”. Ela também sugere que se os britânicos pensassem na masturbação de forma mais positiva, o fenômeno poderia não ser tão prevalente.
“Se os pensamentos de uma pessoa em relação à masturbação se tornarem mais positivos e os atos forem mais normalizados na sociedade, isso poderá reduzir a probabilidade de sofrer de disforia pós-coito”, afirmou Raftery.
Ela destacou ainda que mais estudos são necessários para entender melhor a relação entre mulheres que fazem sexo casual e disforia pós-sexo.
Sexo em relacionamentos sérios
O estudo também revelou que o sexo em relacionamentos sérios apresentou as menores taxas de disforia pós-coito, tanto para homens quanto para mulheres. Apenas 21,6% dos homens e 10% das mulheres relataram o fenômeno nessas circunstâncias.
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Raftery ressalta que o estudo tem limitações, como o pequeno número de participantes e o formato online da pesquisa. Ela conclui que mais pesquisas de larga escala são necessárias para explorar melhor a disforia pós-coito em contextos de relacionamentos casuais.