DA REDAÇÃO
A "Piracema da Madeira" é um período anual de restrição à exploração do manejo florestal sustentável em Mato Grosso, com o objetivo de proteger o solo e evitar danos ambientais durante a estação chuvosa. Durante esse período, que vai de 1º de fevereiro até 1º de abril, é proibido o corte, derrubada, arraste ou transporte de toras de madeira, justamente para preservar a qualidade do solo e evitar a erosão e outros impactos negativos causados pela retirada da madeira durante as chuvas.
De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), cerca de 6% do território mato-grossense é atingido pela restrição, totalizando 52 mil quilômetros quadrados de áreas que possuem Planos de Manejo Florestal Sustentável autorizados pela pasta.
Acesse nosso canal de notícias no WhatsApp pelo link: FTN BRASIL
Em alguns municípios da região Noroeste, localizados na região amazônica, que possui mais chuvas, a proibição segue até o mês de maio. Os municípios que possuem esta restrição são Aripuanã, Castanheira, Colniza, Cotriguaçu, Juína, Juruena e Rondolândia.
A proibição está prevista em resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) e é regulamentada pela Câmara Técnica Florestal de Mato Grosso, por meio da resolução nº 10/2017, que dispõe sobre o período proibitivo de exploração florestal sob o regime de Manejo Florestal Sustentável de Baixo Impacto.
Somente é possível emitir a guia florestal e transportar o volume das espécies de madeiras que foram estocadas nas esplanadas e cadastradas no Sistema Sisflora antes do início da proibição, ou ao final, no dia 1º de abril.
Segundo a superintendente de Gestão Florestal da Sema, Tatiana Paula Marques de Arruda, respeitar essa fase de "reserva da madeira" é essencial para manter o equilíbrio entre o desenvolvimento ambiental, econômico e social.
“O período proibitivo se refere a época chuvosa, em que não há viabilidade para exploração. Quanto às consequências para o meio ambiente, preserva as características do solo e contribui na germinação de sementes”, garantiu.