ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O Ministério das Cidades, por meio Secretaria Nacional de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, estabeleceu uma parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para auxiliar 50 municípios a implementarem instrumentos de política urbana em meio às mudanças climáticas.
O investimento de R$ 5,4 milhões vai favorecer a execução de programas e atividades relacionados ao tema, além de estimular o intercâmbio científico de pesquisadores de instituições de ensino superior do país.
Eles serão reunidos na Rede Observatório das Metrópoles, sediada na UFRJ. Assim como o Ministério das Cidades, o Observatório visa o aperfeiçoamento de normas para o desenvolvimento urbano. Diante da emergência climática, essa missão requer ainda mais resiliência e adaptação por parte das cidades. Por isso, o ministério, em conjunto com a rede, busca promover um diálogo entre instrumentos urbanos e ambientais.
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“O momento é de discutir as mudanças climáticas. O Brasil está sendo assolado por isso, e nós temos um departamento específico que trata sobre a adaptação das cidades às consequências dessas mudanças. Então, quando me trouxeram o projeto, falei ‘vamos tocar’, porque a UFRJ tem muita expertise no assunto”, afirmou o secretário Nacional de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, Carlos Tomé Junior, em conversa com o reitor da UFRJ, Roberto Medronho.
O Observatório possui uma equipe formada por mais de 400 pesquisadores, vinculados a instituições de ensino superior, distribuídos por 18 núcleos regionais. Eles irão ajudar a Secretaria Nacional de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano na implantação do Programa Cidades Melhores.
O programa tem como meta reduzir as desigualdades socioterritoriais por meio do desenvolvimento urbano integrado, democrático, acessível, inclusivo e sustentável. Entre as políticas de planejamento urbano, gestão e projetos urbanísticos previstos no programa, a ampliação da capacidade dos municípios brasileiros de adaptação às mudanças climáticas é prioridade.
“Com mais investimento, a intenção é aumentar o número de 50 [cidades]. Acreditamos que, ao implementar políticas urbanas sustentáveis e inclusivas, construiremos um futuro mais justo e adaptado aos desafios climáticos que já enfrentamos. É um passo decisivo para promover cidades mais resilientes e preparadas para as futuras gerações”, explicou Tomé.
A parceria firmada também vai proporcionar maior dinamismo aos cursos de pós-graduação da UFRJ e das demais universidades coirmãs, já que os instrumentos de planejamento urbano, do ponto de vista climático, serão acompanhados por estudantes bolsistas. A ideia é incentivar a formação de profissionais especializados e impulsionar a produção de artigos técnicos, publicações, seminários e dissertações acadêmicas.