ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
A adolescente de 16 anos, estava viva durante todo o tempo em que Nataly Helena Martins Pereira, de 25 anos, cortou sua barriga e retirou o bebê do ventre da mãe, aponta relatos da Diretora Metropolitana de Medicina Legal, Alessandra Carvalho Mariano, a mãe sofreu muito e não morreu asfixiada, mas por perder muito sangue durante o parto forçado. Ela estava no 9º mês de gravides e foi encontrada na tarde de ontem em uma cova rasa no quintal da casa da assasssina. Confira o vídeo no final desta matéria.
“A retirada do concepto [bebê] foi de forma que a mãe continuasse a suprir o concepto. Então, a hipótese é de que ela tinha que estar viva no momento que fosse retirar o concepto. Nós tivemos uma conversa com a médica assistente, a ginecologista e obstetra disseram que o nenê estava ótimo. Como diz, exatamente com o resultado da necrópsia, que ela estava viva. Do início ao fim do parto o nenê não privou, não teve uma privação de oxigênio. Ela morreu por sangramento. (...) O que a gente pode afirmar é que ela sofreu muito”, confirmou Alessandra.
Na tarde de quarta-feira (12), a assassina atraiu a mãe até uma casa com a falsa promessa de receber roupas de bebê. Na casa, a adolescente foi levada para um quarto onde estariam as roupas. Foi nesse momento que Nataly atacou a adolescente.
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De acordo com a perícia, foram encontrados sinais no pescoço dela o que mostra que ela pode ter sido asfixiada com um fio muito resistente. Há outros sinais de que a grávida recebeu pancadas na cabeça, pois a perícia localizou hematomas no rosto da vítima.
Outros sinais apontam que algo foi usado para amarrar as pernas, punhos e pés da vítima. Porém, há possibilidade de que Nataly tenha utilizado alguma substância química para ajudar no processo de “desmaio” da gestante.
“Em medicina ilegal, nós falamos de contenção química e contenção física. Na necrópsia, temos certeza de contenção física. A contenção química, que é o uso de uma substância entorpecente ou que provoque um rebaixamento [desmaio], a gente só dá certeza quando sair o exame de toxicológico”, ressaltou.
O que chamou a atenção da perícia e corpo técnico da Politec e do Instituto Médico Legal é de que os dois cortes na barriga da gestante, que tinham um formato na letra “T”, foram feitos com muita precisão com objetivo de preservar o bebê. Além disso, foi demonstrado que a autora do corte sabia o que estava fazendo, afinal, todo o ato foi realizado com a jovem ainda viva para não fazer com que o bebê ficasse sem oxigênio.
Os exames iniciais já realizados, segundo o diretor da Politec, indicam ainda que a pessoa que realizou o parto da criança tinha conhecimento e domínio para realizá-lo e ainda que o crime foi cometido por mais de uma pessoa. Todavia, isso ainda será aprofundado, já que até o momento apenas Nataly confessou o crime e outros três detidos na tarde de ontem acabaram sendo liberados, uma vez que a assassina disse ter agido sozinha.
Nataly foi presa no Hospital Santa Helena quando levou o bebê à unidade hospitalar informando que havia acabado de dar à luz. Os médicos suspeitaram de que ela não tinha sinais de uma parto recente e chamaram a polícia imediatamente.
Ela acabou confessando o crime e outros três homens foram detidos, o companheiro de Nataly, um irmão da criminosa e um amigo do rapaz. Por falta de elementos que envolvam os três homens no crime, eles foram liberados na noite de quinta-feira (13).