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Polícia Terça-feira, 10 de Dezembro de 2024, 13:30 - A | A

10 de Dezembro de 2024, 13h:30 A- A+

Polícia / FOLLOW THE MONEY 2

Bens usados na lavagem de dinheiro do tráfico e sequestrados em operação policial são avaliados em R$ 10 milhões

Nesta terça-feira (10), foram cumpridos 20 mandados, na deflagração da operação em Sinop, Cuiabá e no Pará

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

Na manhã desta terça-feira (10) a Polícia Civil de Mato Grosso, conduzida pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Sinop, deflagrou a segunda fase da operação Follow the Money, que visa combater a lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas no município de Sinop. A ação resultou no sequestro de bens móveis e imóveis avaliados em cerca de R$ 10 milhões. As ordens judiciais para as apreensões foram autorizadas pela 5ª Vara Criminal de Combate ao Crime Organizado.

A operação da Derf tem como alvo três investigados, suspeitos de atuarem como "laranjas" para ocultar o dinheiro ilícito. As ordens judiciais incluem três prisões preventivas, buscas domiciliares, sequestro de dois veículos, do capital social de uma empresa e de placas solares. Entre os bens sequestrados estão 11 imóveis, incluindo um conjunto de quitinetes, casas em construção e uma chácara à beira de um rio, todos localizados em Sinop, além de dois imóveis em Altamira, no Pará.

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Também foram apreendidos veículos e uma cota social de uma empresa. Ao todo, foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão, que foram executados em Sinop, Cuiabá e Altamira (PA), durante a deflagração da operação.

"Laranjas"

As três pessoas presas nesta segunda fase da operação atuavam como "laranjas" no processo de lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas. Todas já haviam sido detidas durante a primeira fase da operação, em março deste ano, mas estavam em liberdade provisória.

Um dos alvos da operação é a proprietária de uma farmácia localizada em Cuiabá, que teve suas atividades suspensas na primeira fase da investigação. A análise dos valores movimentados revelou indícios claros de envolvimento com a lavagem de capitais, conforme apontado pelas investigações da Polícia Civil.

Além das três pessoas já mencionadas, outros presos incluem o irmão e a cunhada do líder de uma facção criminosa que atua em Sinop e está atualmente detido em uma penitenciária estadual. De acordo com as investigações, o casal recebia ordens diretamente da unidade prisional e realizava negócios, como a compra de imóveis, em nome deles e de terceiros, conhecidos como "laranjas". O objetivo dessas transações era gerar lucro e dar uma aparência de licitude aos valores obtidos com a venda de drogas, facilitando assim o processo de lavagem de dinheiro.

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