PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Na manhã desta última quarta-feira (3), o Ministério Público de Mato Grosso do Sul, através do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou a 3ª fase da Operação Successione contra o jogo do bicho. Na ação foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva e de um mandado de busca e apreensão, todos em Campo Grande (MS).
Ao final desta fase da investigação, o GAECO concluiu que 15 pessoas, todas denunciadas no dia 19 de dezembro, cada qual a sua maneira, integravam organização criminosa armada, estruturalmente ordenada e com divisão de tarefas, voltada à exploração ilegal do jogo do bicho, roubos triplamente majorados, corrupção, entre outros crimes graves.
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Conforme divulgado pela MPMS, a ação da última quarta é resultado de material apreendido durante as duas primeiras fases da operação, que ocorreram nos dias 5 e 20 de dezembro deste ano. O levantamento apontou que a organização criminosa, que age de maneira violenta para estabelecer seu domínio, mesmo depois de uma ação policial com a apreensão de 700 equipamentos ocorrida em outubro de 2023, continuou comprando máquinas de apostas.
A organização criminosa é integrada por policiais militares da reserva e de um ex-policial militar (excluído dos quadros da corporação), que se valiam de sua condição, especialmente do porte de arma de fogo, como forma de subjugar a exploração do jogo ilegal aos mandos e desmandos da organização criminosa, tudo para tornar Campo Grande novo território sob seu comando.
Rememorando, o nome da operação faz alusão à atual disputa pelo controle do “jogo do bicho”, em Campo Grande, com a chegada de novos grupos criminosos que migraram para a Capital após a “Operação Omertà”.