PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Regisvaldo Cardoso, viúvo e pai das vítimas da Chacina de Sorriso, está organizando uma manifestação em busca de mais segurança na cidade. O evento está marcado para este sábado (31), às 17h, no Parque Municipal Rota do Sol em Sorriso. Durante a manifestação, Regisvaldo prestará uma homenagem à sua esposa, Cleci Calvi Cardoso, e às suas filhas, que foram brutalmente assassinadas em novembro do ano passado.
Regisvaldo, que ainda se encontra visivelmente abalado pela tragédia, também está se unindo a Laryssa Deckmann, uma jovem de 24 anos que recentemente sobreviveu a uma tentativa de estupro e assassinato em sua própria casa. Laryssa foi espancada durante o ataque e, apesar da gravidade da situação, até o momento, nenhum suspeito foi preso. Ela compartilhou sua experiência angustiante em um vídeo nas redes sociais, mobilizando ainda mais a comunidade para a importância de ações que garantam a segurança pública.
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Gilberto Rodrigues dos Anjos, de 23 anos, foi preso pelo crime da chacina que chocou a cidade de Sorriso e será submetido a júri popular. A denúncia foi feita pela 2ª Promotoria de Justiça Criminal de Sorriso, que o acusa de quatro homicídios qualificados e três estupros, tendo como vítimas uma mãe e suas filhas. Os crimes ocorreram entre a noite do dia 24 e a madrugada do dia 25 de novembro, na residência das vítimas.
O Ministério Público, ao formalizar a denúncia, incluiu a qualificadora de feminicídio, destacando que os crimes foram cometidos com menosprezo e discriminação à condição de mulher. Além disso, os homicídios foram qualificados como cruéis, uma vez que envolveram o uso de meios que dificultaram a defesa das vítimas. Foram cometidos para assegurar a execução e garantir a impunidade de outros crimes, incluindo dois homicídios contra menores de 14 anos.
Outro agravante apontado pelo Ministério Público foi o fato de os crimes terem sido praticados na presença de ascendentes e descendentes das vítimas, o que aumenta a pena. Três das vítimas foram mortas a facadas, enquanto a quarta foi asfixiada.
Esse caso gerou uma grande comoção na comunidade de Sorriso e reforçou a necessidade de medidas mais eficazes para a proteção das mulheres e a prevenção da violência doméstica e de gênero.
