ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
Uma perícia técnica foi realizada na residência onde a adolescente Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos, foi morta para esclarecer a dinâmica do crime. A ação aconteceu na noite desta última sexta-feira (25), no bairro Morada do Ouro, em Cuiabá. A casa também foi o local onde a mãe da vítima, Suellen Alencastro, foi brutalmente espancada a mando do companheiro de Suellen, Benedito Anunciação Santana, de 40 anos.
A perícia foi conduzida pela Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) como parte dos procedimentos para ajudar a desvendar a dinâmica dos crimes ocorridos no local.
Durante a ação, foram coletados diversos objetos que agora passarão por análise laboratorial, com o objetivo de esclarecer a dinâmica do crime e a participação de cada envolvido.
Imagens encaminhadas pela assessoria da família mostram a cena do crime e a casa que foi palco da barbárie. Heloysa foi morta por estrangulamento com um cabo USB, dentro do próprio quarto. O crime foi cometido pelo filho do seu padrasto, Gustavo Benedito Junior de Lara, e os dois amigos do rapaz, 16 e 17 anos.
Segundo a defesa da família de Heloysa, durante os trabalhos, objetos do local foram recolhidos e enviados para análise em laboratórios.
A advogada Renata Cristaldo, que representa as vítimas, acompanhou a perícia e destacou a importância do trabalho técnico. “A perícia aqui no local é fundamental para que a polícia entenda a dinâmica dos fatos e possa esclarecer a participação de cada envolvido na ação criminosa”, afirmou.
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Importante destacar, que o laudo da perícia constatou que a adolescente morta a mando do padrasto foi abusada sexualmente enquanto estava viva.
O caso
Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos, foi encontrada morta dentro de um poço do bairro Ribeirão do Lipa, em Cuiabá, na noite da última terça-feira. Inicialmente, o caso foi tratado como roubo e sequestro, mas passou a ser investigado como feminicídio. A vítima foi estrangulada com um cabo de celular por um dos suspeitos, antes de ser jogada sem vida no poço.
Durante as investigações, um menor de 17 anos foi apreendido e confessou o crime, afirmando que agiu a mando do padrasto da vítima, Benedito, com a ajuda do filho dele e de outro adolescente de 16 anos.
Benedito e o filho responderão por feminicídio, roubo majorado e corrupção de menores. Os adolescentes envolvidos responderão por ato infracional análogo aos mesmos crimes, exceto por corrupção de menores.
