ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
A operação da Polícia Federal deflagrada nesta terça-feira (26), atingiram servidores ligados a gabinetes de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Suspeitos de integrarem o suposto esquema, foram afastados Daimler Alberto de Campos, Márcio José Toledo Pinto e Rodrigo Falcão de Oliveira Andrade.
Dentre os alvos de buscas estão Daimler Alberto de Campos, chefe de gabinete da ministra Isabel Gallotti, e Rodrigo Andrade, chefe de gabinete do ministro Og Fernandes. Eles também foram afastados do exercício das funções públicas. Outro funcionário do STJ alvo da PF é Márcio José Toledo Pinto, que já atuou como assessor nos gabinetes do exercício das funções públicas. Outro funcionário do STJ alvo da PF é Márcio José Toledo Pinto, que já atuou como assessor nos gabinetes de Isabel Gallotti e Nancy Andrighi. Ele já estava afastado por um Procedimento Administrativo Disciplinar aberto pelo próprio STJ.
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Bloqueio de bens
Na mesma decisão, Cristiano Zanin decretou o bloqueio de até R$ 6 milhões contra os investigados.
Por se envolver em 12 supostos fatos, Andreson e suas empresas Florais Transportes Eireli, Bioflex Agroindústria Energia Renovável Ltda, Florais Táxi Aéreo Ltda, Agropecuária 3 Amigos Ltda e Coimbra Empreendimentos Imobiliários Ltda terão R$ 6 milhões bloqueados.
Mirian é acusada de atuar em duas hipóteses, por isso, foi decretado o bloqueio de R$ 1 milhão.
Já Daimler terá R$ 2 milhões sequestrados pela Justiça, uma vez que teria atuado em quatro fatos.
Márcio José e Rodrigo Falcão são suspeitos de atuarem em uma ocasião, por isso, o ministro mandou bloquear R$ 500 mil de cada um.
Os investigados ainda devem cumprir outras medidas cautelares, como proibição de saírem do país, de frequentarem o STJ ou de manterem contato – esta última medida não cabe ao casal Andreson e Mirian, conforme a decisão.
As diligências desta terça-feira são desdobramentos da Operação Ultima Ratio, deflagrada no mês passado para apurar vendas de sentenças no Mato Grosso do Sul. Agora, a corporação investiga a possível venda de decisões judiciais em Mato Grosso.
O principal alvo da operação foi o empresário Anderson de Oliveira Gonçalves, que foi preso preventivamente. A investigação suspeita que Andreson comportava-se como um lobista no esquema da venda de sentenças.
A operação foi autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Cristiano Zanin, relator da investigação. A PF também mira desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, suspeitos de envolvimento com o grupo.
O ministro determinou a aplicação de tornozeleira eletrônica em dois desembargadores, Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, que já estavam afastados dos cargos.