PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
O presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo, decidiu não processar ou buscar indenização contra os delatores que o acusaram de uma suposta compra da vaga de conselheiro. Em declaração dada na segunda-feira (18), ele expressou que não deseja mais se envolver com o caso, que lhe causou aborrecimentos. Segundo ele, "Deus sabe o que faz" e considera o episódio como "página virada", descartando qualquer ação legal contra os envolvidos.
“Não tenho mais tempo para perder com isso. Já me causou muito aborrecimento e agora é página virada. Deus sabe o que faz. Não quero processar ninguém e nem mexer com nada disso”, afirmou o conselheiro.
A decisão ocorre após a Vara Especializada em Ações Coletivas de Cuiabá absolver Sérgio Ricardo das acusações. Na semana passada, o juiz Bruno D'Oliveira Marques considerou improcedente a ação do Ministério Público Estadual (MPE) que pedia a anulação da sua nomeação, baseada em alegações de improbidade administrativa. O juiz argumentou que os documentos apresentados no processo comprovaram a legalidade de sua nomeação, posse e indicação para o cargo de conselheiro do TCE-MT.
Acesse nosso canal de notícias no WhatsApp pelo link: FTN BRASIL
Referente a absolvição, Sérgio Ricardo lamentou o tempo que passou afastado das suas funções devido às acusações relacionadas à suposta compra da vaga de conselheiro. Ele expressou frustração com o fato de que os delatores que o acusaram não enfrentaram consequências legais.
“Essa questão de compra de vaga acabou, fim, só fico eu com aquela sensação de ter ficado cinco anos afastado e agora os delatores não pagam nada. Fica tudo dessa forma, fico só com essa sensação de perda, ninguém vai pagar por isso”, disse.
Sérgio Ricardo criticou a postura de alguns acusadores, afirmando que muitos deles fizeram as delações para conseguir benefícios, como redução de penas, distorcendo a verdade e apresentando mentiras como fatos. Por fim, reforçou que a Justiça reconheceu as delações como falsas, resultando na sua absolvição e na de outros acusados.