ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O prefeito eleito Abilio Brunini (PL) pediu que os vereadores neguem influências externas e tomem para si o eixo das eleições da Mesa Diretora no Parlamento Municipal. Após ter insinuado que alguns legisladores estariam aliados a seus rivais políticos, como o deputado estadual Eduardo Botelho (União), o ministro da Agricultura Carlos Fávaro (PSD) e até a facção criminosa Comando Vermelho.
Brunini pediu que os parlamentares não cedam às pressões externas, praticadas inclusive por ele próprio, como disse com ironia, para a composição da nova diretoria.
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“Eu espero que os vereadores neguem todos os tipos de influência. Inclusive a minha também. A do Botelho, do Fávaro, do Comando [Vermelho]. Neguem todas as influências e façam uma Câmara independente”, declarou à imprensa, na manhã desta quarta-feira (06).
Ele afirmou que "não entregará" a Mesa Diretora a nenhum desses atores políticos e incluiu a facção criminosa Comando Vermelho no grupo.
“Se eles ganharem a Mesa vai ser guerra e nós vamos enfrentar a guerra. Eu não vou entregar a Mesa para o Comando, para Fávaro, para Botelho. Não vou entregar para nenhum desses grupos não. Se tiver que enfrentar, nós vamos enfrentar”, afirmou Abilio na manhã desta quarta-feira (6), na Assembleia Legislativa.
Ao ser questionado sobre a menção ao “Comando”, o prefeito eleito fez referência ao caso do vereador Paulo Henrique (MDB), investigado pela Polícia Federal por suposto envolvimento com o Comando Vermelho, facção que domina o crime organizado em Mato Grosso.
“Olha lá, tem um vereador na Polícia Federal respondendo sobre isso, não tem? Vai lá ver, não vou entregar a Mesa. Eu deixei claro, não vou entregar a Mesa para o comando, não vou entregar a mesa para Fávaro, não vou entregar a Mesa para Botelho e, se tiver que lutar pela Câmara Municipal e defender a Câmara Municipal, eu vou lutar e vou defender”, completou.
Por outro lado, Brunini negou essa situação e afirmou torcer por uma construção com “pessoas de bem” e que irão resolver as questões do parlamento. “Eu voto? Eu entendo assim: eu voto no presidente? [...] Elejam pessoas de bem, pessoas que vão assumir o parlamento e que eles mesmo se resolvam”, deixou de recado aos vereadores.
O liberal deixou claro que está sim preparado para lidar com opositores. “Eu terei oposição na Câmara, com muita tranquilidade, quando eu vou para o enfrentamento com certeza”.