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Política e Eleições / EM NOBRES

MPMT orienta agências de turismo e guias locais a não fazerem visitas clandestinas à Gruta da Lagoa Azul

A notificação de 13 turistas e dois guias na Gruta da Lagoa Azul, ocorrida na semana passada, é um novo desenvolvimento importante que será levado em consideração nas providências a serem tomadas em relação à situação

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

A Gruta da Lagoa Azul, localizada em Nobres, Mato Grosso, no Mato Grosso, está interditada desde 2002 devido a preocupações ambientais. O Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT) orientou agências de turismo e guias locais a não realizarem visitas clandestinas ao local. Essa medida visa proteger o meio ambiente e garantir a segurança dos visitantes. A recomendação foi emitida pela Promotoria de Justiça em Nobres visando assegurar que empresas de turismo, guias turísticos e condutores de veículos não promovam nem incentivem visitas à Gruta da Lagoa Azul, que está interditada.

A providência é parte de um procedimento em curso no Ministério Público do Estado de Mato Grosso, sob a responsabilidade do promotor de Justiça Willian Oguido Ogama. A notificação de 13 turistas e dois guias na Gruta da Lagoa Azul, ocorrida na semana passada, é um novo desenvolvimento importante que será levado em consideração nas providências a serem tomadas em relação à situação.

O promotor de Justiça adiantou que vai se reunir com os titulares das secretarias municipais de Meio Ambiente e Turismo, e também com representantes da Secretaria de Estado do Meio Ambiente para avaliar o que tem sido feito para impedir a visitação clandestina ao local.

“São constantes as denúncias de guias clandestinos cobrando altos valores para as visitações, inclusive havendo notícias de servidores municipais realizando visitas clandestinas. Estes e outros dados estão em fase de análise, junto com depoimentos e informações levantadas pela Promotoria de Justiça”, ressaltou o promotor de Justiça.

O uso de trilha clandestina, por exemplo, já foi confirmada há dois anos em operação realizada pelo representante do MPMT, em parceria com agentes fiscais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), integrantes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Judiciária Civil e da Polícia Ambiental. 

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Segundo o promotor Willian Oguido Ogama, entre os danos ambientais já constatados estão o uso indevido de recursos hídricos, a ausência de regularização fundiária e alterações no cenário natural do local. “É importante ressaltar que todas as medidas tomadas visam assegurar o acompanhamento do processo estrutural relacionado ao parque, que é uma unidade de conservação importante para o estado e para o município de Nobres, que tem no turismo uma das fontes da economia”, analisa o promotor.

A Gruta Lagoa Azul está localizada no Parque Estadual Gruta da Lagoa Azul (PEGLA) e foi interditada há quase 23 anos. Foi após uma articulação do MPMT com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) que o Conselho Consultivo do PEGLA foi reativado. O conselho é responsável por acompanhar a elaboração e implementação do Plano de Manejo da unidade de conservação.

Em setembro de 2022, uma operação conjunta entre o MPMT, da Sema, a Polícia Civil, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros identificou rotas clandestinas que levavam turistas à gruta. Durante a ação, foram encontradas trilhas não autorizadas e constatou-se que guias turísticos estavam promovendo visitas irregulares, colocando em risco o ecossistema local e a segurança dos visitantes.

O Plano de Manejo Espeleológico da Gruta da Lagoa Azul disciplina o planejamento orientado, os critérios e os métodos paras intervenções e ações nas zonas internas e externas  da cavidade (gruta), assim como estruturas físicas necessárias ao uso adequado. O objetivo é reduzir e prevenir impactos, atingindo os objetivos de conservação para os quais o PEGLA foi criado.

Por sua importância hídrica, o MPMT foi o articulador para a adesão do município de Nobres ao projeto Água para o Futuro, que visa proteger as nascentes, por meio da identificação, preservação e conservação das nascentes como forma de garantir segurança hídrica e abastecimento de água potável.

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