ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
Nesta terça-feira (08), a Câmara Municipal de Cuiabá arquivou mais um pedido de cassação contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). A decisão ocorreu após uma votação apertada, onde 10 vereadores votaram a favor do arquivamento, enquanto nove se posicionaram contra.
Além disso, dois parlamentares estavam ausentes. Este é o 19º pedido de cassação arquivado contra o prefeito, refletindo a continuidade das disputas políticas envolvendo sua gestão.
Votaram a favor da comissão os vereadores: Cezinha Nascimento (União), Demilson Nogueira (PP), Dilemário Alencar (União), Robinson Cireia (PT), Eduardo Magalhães (Republicanos), Fellipe Corrêa (PL), Alvaro Camargo (Cidadania), Michelly Alencar (União) e Lemes (PSD).
Votaram contra a comissão os vereadores: Rodrigo Arruda e Sá (PSDB), Adevair Cabral (SD), Dídimo Vovô (PSB), sargento Vidal (MDB), Lilo Pinheiro (PP), Marcrean Santos (MDB), Marcus Brito Jr. (PV), Mario Nadaf (PV), Renivaldo Nascimento (PSDB) e Rogério Varanda (PSDB).
A vereadora Maysa Leão (Republicanos) foi a responsável por encaminhar o mais recente pedido de cassação. Inicialmente, a votação estava prevista para a semana anterior, mas, devido à proximidade das eleições e à ausência de vereadores, principalmente da base aliada ao prefeito, a sessão foi encerrada por falta de quórum. Dessa forma, a votação acabou sendo adiada para esta semana.
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No pedido, Maysa alegou que o prefeito Emanuel Pinheiro agia “de maneira incompatível com a dignidade e o decoro do cargo”. Além disso, ela citou as diversas investigações policiais envolvendo a gestão da saúde no município como base para a solicitação de cassação
Entre as justificativas apresentadas por Maysa, destacam-se duas operações policiais recentes. A primeira, conhecida como “Operação Athena”, foi deflagrada pela Polícia Civil de Mato Grosso em setembro de 2023. Esta operação resultou no afastamento de servidores públicos e no bloqueio de bens. Em seguida, Maysa também citou a “Operação Oráculo”, realizada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (DECCOR), que investigou um esquema de corrupção na Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP), envolvendo mandados de busca e apreensão e sequestro de valores.
Esses casos, segundo a vereadora, reforçam o comportamento inadequado do prefeito e a necessidade de apuração mais profunda, especialmente considerando o histórico de 18 operações anteriores na área da saúde.
Contudo, apesar dos argumentos apresentados por Maysa, a base governista na Câmara Municipal garantiu o arquivamento do pedido. O apoio a Emanuel Pinheiro, mesmo com uma votação apertada, foi suficiente para que o processo de cassação não avançasse. Este arquivamento reforça a tendência do Legislativo de não dar seguimento aos pedidos contra o prefeito.
Assim, o 19º pedido de cassação arquivado reflete o embate constante entre a oposição e a base governista, que continua a sustentar Emanuel Pinheiro no cargo, apesar das investigações e pressões políticas.