R.BLATZ
DA REDAÇÃO
O presidente da Câmara Municipal de Várzea Grande, Wanderley Cerqueira (MDB), tratou como “fato isolado” a investigação relacionada à Operação Escambo Eleitoral, que teve como alvos os vereadores Kleber Feitoza (PSB) e Adilsinho (Republicanos) por suspeita de compra de votos nas eleições de 2024.
A ação foi deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira (11) e cumpriu quatro mandados de busca e apreensão contra os parlamentares em seus gabinetes na Câmara e em suas residências.
“É um fato isolado, nós não temos nada a ver, a Câmara em si não tem nada a ver com isso, são fatos isolados, fatos referentes ao período eleitoral. Eu desconheço porque é segredo de Justiça, mas está sendo investigado pela Polícia Federal”, declarou Cerqueira.
Sobre a possibilidade de a Comissão de Ética investigar o caso, o presidente descartou a hipótese. “Eu acho que não porque é eleitoral e já está sendo investigado pela Polícia Federal”, explicou.
Cerqueira também ressaltou que os agentes da PF tiveram livre acesso às dependências da Câmara. “Essa Câmara aqui é porta aberta, todo mundo que chega entra, não precisaram arrombar nada, estiveram apenas nos dois gabinetes e levaram apenas notebooks”, completou.
A operação
Segundo a PF, a investigação teve início em 6 de outubro do ano passado, dia da eleição. Na ocasião, dois homens foram presos em flagrante pela prática do crime de compra de votos.
No decorrer da apuração, a Polícia Federal identificou que os dois vereadores eleitos foram beneficiados com a compra de votos.
Os suspeitos se utilizavam de promessas de pagamento em dinheiro e até mesmo fornecimento de água, óleo diesel e outros benefícios em troca de votos.
As medidas cautelares da operação de hoje objetivam angariar elementos que contribuam para a instrução da investigação em curso.
Confirmada a autoria dos crimes, os responsáveis poderão responder pelos crimes de captação ilícita de sufrágio e associação criminosa, cujas penas podem chegar até sete anos de reclusão.