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Política e Eleições Quarta-feira, 08 de Janeiro de 2025, 07:40 - A | A

08 de Janeiro de 2025, 07h:40 A- A+

Política e Eleições / VEJA VÍDEO

Ranalli volta atrás e nega ter nomes de envolvidos com o Comando Vermelho: “Eu nunca falei que ia entregar nomes"

O parlamentar disse que nunca afirmou ter nomes para entregar às autoridades e alegou que suas falas estão sendo distorcidas pela imprensa

ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO

O vereador Rafael Ranalli (PL) afirmou que, agora, vai procurar a Polícia Federal (PF) para dar prosseguimento a uma denúncia envolvendo vereadores e candidatos ao parlamento cuiabano em 2024 que teriam tentado se eleger com recursos originários de facções criminosas. O parlamentar negou ter nomes de colegas eleitos com apoio do crime organizado.

Apesar de negar ter nomes de colegas eleitos com apoio de facções, Rafael Ranalli já havia afirmado, em declarações anteriores, que foi alvo de intimidações de integrantes do Comando Vermelho (CV) durante a campanha. Ele relatou episódios em que pessoas se recusaram a receber seus “santinhos”, alegando já terem candidatos à Câmara Municipal.

O parlamentar disse que nunca afirmou ter nomes para entregar às autoridades e alegou que suas falas estão sendo distorcidas pela imprensa. “Eu nunca falei que ia entregar nomes. Eu falei que ia falar os nomes? Eu não me recordo. […] Eu falei: 'eu vou levar a cabo as denúncias que eu recebi, até porque eu não sou prova da denúncia que um terceiro fez', o que eu vou fazer é ir na Polícia Federal, na Civil, eu já fui, já dei o meu depoimento”, declarou a imprensa. 

O vereador Rafael Ranalli declarou a imprensa antes de tomar posse que apresentaria uma denúncia formal contra vereadores supostamente eleitos com apoio do Comando Vermelho em 1º de janeiro, após assumir o cargo. Porém, a denúncia ainda não foi registrada.

"Acho que a gente tem que saber falar, ouvir e entender. A imprensa tem que parar de colocar palavras na boca dos outros. Eu falo até demais. Como eu falei: 'Vou procurar. Em nenhum momento eu falei que sei os nomes'. Pelo contrário....Eu falei:  'Vou levar as denúncias que eu recebi até porque eu não sou prova  da denúncia que um terceiro fez. Então fica a cabo da polícia. O que eu vou vou sim, é ir na Polícia Federal. Na Civil eu já fui e já dei meu depoimento. Tanto é que olha aí o movimento que está tendo com o governo estadual com a Intolerância Zero entre as facções. E aqui dentro eu vou ver um meio do que a gente pode criar, quem sabe um CPI da Segurança pra aumentar a segurança aqui na Casa com relação a outras secretarias com imfluencia de facção criminosa". 

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O parlamentar é questionado pela imprensa como a polícia irá investigar sem citar nomes dos envolvidos com a facção criminosa. Não necessáriamente. quem é polícia tem várias formas de investigar e assim que funciona. Eu tinha acabado de vir de uma eleição. Quem estava dentro das eleições sabe. É denúncia de vários vereadores.  O que eu acho engraçado é que ninguém tem culhão para falar. Porque nos bastidores aqui mais 10 já reclamou para mim. Ranalli em tal bairro eu não entrava. Já inha um candidato x, já tinha um candidato y. Então que a polícia arrume um probatório  para trazer os nomes a tona", afirmou. 

O vereador  Ranalli havia afirmando a imprensa que entregaria a polícia um levantamento quanto aos nomes dos parlamentares da Casa de Leis que integrariam esquema de organização criminosa. Segundo ele, as informações foram obtidas durante a campanha eleitoral, quando ouviu relatos de moradores que alegaram estar sendo coagidos pelo crime organizado a votar em determinados candidatos.

 

Crédito do vídeo: Elisa Ribeiro - Site FTNBRASIL

Intimidação do Comando Vermelho durante a campanha eleitoral

Ranalli sofreu um episódio de intimidação em um bairro de Cuiabá por integrantes de facção criminosa durante sua campanha eleitoral. O episódio teria ocorrido no Despraiado, onde, em visita a uma loja, dois integrantes do Comando Vermelho entraram para ‘mostrar presença’.

O vereador, então, resolveu deixar o local e, mais tarde, seu cabo eleitoral explicou que as duas pessoas que estavam no local integrariam o Comando Vermelho e o estavam filmando.

Ele também havia afirmado que depois de alcançado os votos suficientes para ser conduzido a uma cadeira da Casa de Leis, que irá denunciar e prender vereadores que tenham sido financiados por facções criminosas para se eleger.

 

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