PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Nesta última quarta-feira (15) durante reunião da Mesa Específica e Temporária da Educação do Magistério Federal, em Brasília, o governo federal acatou a contraproposta da Proifes-Federação e a reestruturação de carreira foi aceita, mas o reajuste salarial para 2024 não será possível. Participaram da reunião o presidente do Adufg-Sindicato, professor Geci Silva, e o diretor administrativo e vice-presidente da Proifes, professor Flávio Silva.
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Última oferta do governo
De acordo com a proposta, o governo acatou a contraproposta da Proifes-Federação de substituir as classes A/D I e B/D II por uma classe de entrada, tornando a carreira mais atrativa, porém manteve os índices de reajuste salarial de 9% para janeiro de 2025 e de 3,5% para maio de 2026.
Sobre a progressão na carreira, o governo também aceitou a demanda da Proifes-Federação, com 4,5% em 2025 e 5% em 2026.
Considerando o reajuste acumulado de 2023 a 2026, a base da carreira acumularia um ganho de 43% e o professor titular, 28,2%.
O Conselho Deliberativo da Proifes se reuniu nesta quinta-feira (16), para avaliar a proposta e apresentá-la detalhadamente às bases dos sindicatos federados.
Nos bastidores, a orientação da direção do movimento é para que o Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) aceite a proposta do governo federal.
Representantes do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) afirmaram que essa é a última oferta do governo.
“Entendemos que tivemos avanços nas negociações e conquistamos o que foi possível até o momento”, avaliou o presidente da entidade, professor Wellington Brandão. Uma nova reunião foi marcada para o dia 27 de maio, para que as entidades que aceitarem a proposta assinem o acordo.
Considerando o reajuste de 9% em 2023, a proposta acumulada para os docentes nos quatro anos da atual gestão será de 23% a 43%, recompondo a inflação de 15% prevista para o período 2023-2026. É o que diz o secretário de Relações do Trabalho do MGI, José Lopez Feijóo.
O Adufg-Sindicato e a Proifes-Federação se posicionaram com propostas que refletem a realidade da carreira e buscam recompor as perdas.
“Vamos discutir a proposta com nossa base para tomar a melhor decisão. Nosso maior objetivo, enquanto entidade sindical, é garantir uma carreira mais atrativa para os docentes”, afirmou o presidente do Adufg-Sindicato, professor Geci Silva.
De acordo com o secretário de Relações de Trabalho do MGI, José Lopez Feijóo, o governo vem demonstrando sensibilidade sobre a situação dos servidores da Administração Pública. “Dentro dos limites orçamentários, temos buscado construir a melhor proposta possível e dialogando com as demandas de reestruturação do serviço público”, destacou, em coletiva de imprensa.