ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O vereador de oposição Eduardo Magalhães (Republicanos), avaliou que os problemas de falta de pagamento a contratados, prestadores de serviço e até servidores do município, que acontecem hoje, repetem-se desde aquele ano. Ele disse que se dedicará à leitura do relatório do órgão de controle, mas que fará seu juízo de valor sem se basear somente no documento, mas levando em conta o que vem acompanhando de crise ao longo do mandato de Emanuel Pinheiro (MDB).
“Eu vou ler o relatório e vou tomar a minha decisão com base naquilo que estou vendo, nas empresas aqui cobrando. Nós temos duas empresas aí em cima, agora, cobrando seis meses de salários atrasados. Pessoas relatando que estão até passando fome. Eu estou aqui há quatro anos, convivo com pessoas que reclamam cada vez mais dos seus atrasos de salário, tanto na Saúde, quanto na Educação, em todos os sentidos que você possa imaginar”, levantou.
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Mesmo não querendo emitir opinião sobre a aprovação do TCE sem antes ler todo o relatório, o vereador disse que a decisão causou estranheza ‘a toda população cuiabana’. Ponderou que, independente dos apontamentos do órgão estadual, a Câmara de Cuiabá é independente para fazer seu julgamento.
“A análise é, teoricamente falando, técnica, mas eu vou ler o relatório e fazer juízo sobre aquilo que estou vendo e convivendo. Eu convivo nos bairros, eu convivo com as pessoas que estão com seus salários atrasados. Estive aqui em 2022, estou aqui até hoje, nesses quatro anos acompanhando tudo que está acontecendo de perto. Então, não quer dizer que eu vou acompanhar o voto, a decisão do TCE. Aqui é uma casa independente”, reforçou.
Magalhães informou que estava de posse de um relatório sobre uma empresa do Ceará que presta serviços na área de limpeza em Cuiabá e estaria com uma dívida de R$ 2 milhões por falta de pagamentos da prefeitura. Conforme ele, o contrato com a referida empresa é de R$ 500 mil e o montante atingido com o atraso já quadriplicou.
“Mas é fato que estamos convivendo com uma situação financeira precária, nós temos aí hoje servidores concursados com seus salários atrasados. Isso mostra que a saúde financeira da prefeitura, não é de hoje, não é somente de 2022, mas esses últimos anos ela vem muito mal”.
Por fim, cutucou Emanuel: “o prefeito Emanuel já não mais reeleição. Cabe agora a cada vereador julgar com sua consciência. Eu acredito que acompanhar Emanuel Pinheiro..., e as eleições mostraram isso, seu candidato a prefeito não chegou nem a 10% dos votos, mostra a reprovação que a sociedade tem para com a pessoa dele”.
"Eu defendo a reprovação. Eu vou acompanhar o Ministério Público de Contas, que defendeu a reprovação das contas de Emanuel de 2022. Eu até ja informei que o rombo de restos a pagar ficou na casa de R$ 275 milhões e ´dividas consolidadas no horroroso patamar de R$ 1,2 bilhões disse o vereador Dilemário Alencar.
Já o líder do governo municipal, Renivaldo Nascimento (PSBD), sinalizou pela aprovação das contas da Prefeitura de Cuiabá e disse que a aprovação tem que ocorrer com 'justiça'. "Eu não vejo como virada de mesa, vejo como uma questão de justiça. A questão é técnica. Essa Casa de Leis vota politicamente. No Tribunal de Contas, eles analisam tecnicamente. Houve uma falha no primeiro julgamento. Houve um recurso por parte da Prefeitura. Esse recurso foi acatado, demonstrou as falhas que existiam na anãlise das demonstrações financeiras e contábeis e foi sanado, disse o parlamentar.
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