PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Na última terça-feira (18), vereadores de Várzea Grande denunciaram, na primeira sessão ordinária da Câmara Municipal, problemas na saúde pública do município. Entre as principais queixas estão a precariedade na limpeza das unidades de saúde, a demora na distribuição de medicamentos e falhas na comunicação, especialmente no atendimento de casos de arboviroses.
O vereador Dr. Miguel Júnior (Cidadania), presidente da Comissão Permanente de Saúde, manifestou preocupação com a gestão da saúde em Várzea Grande. Ele criticou a demora na distribuição de medicamentos adquiridos por uma ata de mais de R$ 3 milhões, assinada há uma semana. O parlamentar entrou em contato com o superintendente de Atenção Primária para discutir o problema e anunciou um requerimento solicitando informações sobre a adesão da ata, destacando que a demora na entrega dos medicamentos é inaceitável.
“Hoje, entrei em contato com o superintendente de Atenção Primária, Márcio, para discutir as demandas referentes às fichas e à chegada dos medicamentos. Estou protocolando um requerimento para solicitar informações sobre a adesão dessa ata. É inaceitável que, até agora, essas medicações não tenham chegado às prateleiras”, afirmou Dr. Miguel.
O vereador também relatou que moradores foram informados erroneamente de que o atendimento para arboviroses ocorreria apenas das 17h às 21h, quando o correto é das 7h às 21h. Ele destacou a necessidade de corrigir essa informação para garantir o atendimento adequado à população. “É fundamental corrigir essa informação errônea, pois o bem-estar da população deve ser prioridade”.
A preocupação do parlamentar aumenta diante do crescimento dos casos de arboviroses em Mato Grosso. Em 2023, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o estado registrou mais de 30 mil casos suspeitos de dengue, com Várzea Grande entre os municípios mais afetados. A falta de medicamentos e a desinformação podem agravar ainda mais a crise na saúde pública, especialmente em períodos de alta transmissão de doenças como dengue, zika e chikungunya.
“Tenham certeza de que a Câmara Municipal, através da Comissão de Saúde, continuará vigilante e exigente em relação à Secretaria de Saúde, visando sempre as melhores condições de atendimento à população”, finalizou o vereador.
Acesse nosso canal de notícias no WhatsApp pelo link: FTN BRASIL
A vereadora Gisa Barros (PSB) também usou a tribuna para criticar a gestão da prefeitura, destacando a falta de comunicação entre as secretarias e a precariedade na limpeza das unidades de saúde de Várzea Grande. Ela denunciou que a Secretaria de Serviços Públicos ainda não atendeu às solicitações de limpeza e revelou ter protocolado 69 ofícios, com mais de 100 pedidos no total. No entanto, apenas cerca de 8 ou 9 solicitações foram atendidas, o que considerou inaceitável.
"Alguns ofícios contêm até cinco pedidos em um único documento, totalizando mais de 100 solicitações. Entretanto, apenas aproximadamente 8 ou 9 foram atendidas até agora, o que é inaceitável," afirmou a vereadora. "Eu não pedi nada para mim; apenas solicitei o que os munícipes me trouxeram. Estou aqui para trabalhar por eles e garantir que suas vozes sejam ouvidas," concluiu, reafirmando seu papel como representante da comunidade.