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Política e Judiciário Sexta-feira, 11 de Abril de 2025, 14:25 - A | A

11 de Abril de 2025, 14h:25 A- A+

Política e Judiciário / REINSERÇÃO SOCIAL

Justiça de MT articula criação de indústrias têxteis em presídios para reduzir reincidência criminal

Projeto busca qualificar detentos e gerar emprego dentro das unidades prisionais, com apoio de entidades públicas e do setor industrial

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

Para reduzir a reincidência criminal e promover a reintegração social, o Poder Judiciário de Mato Grosso articula a criação de indústrias têxteis em unidades prisionais do Estado. A iniciativa, liderada pelo Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF-MT) e pela Associação Mais Liberdade, conta com apoio de representantes do setor de confecções, do Governo Estadual, da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM) e do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) para promover a ressocialização por meio da geração de emprego.

O projeto foi apresentado pelo GMF-MT e pela Associação Mais Liberdade, que apoia o desenvolvimento da Cooperativa de Responsabilidade Social (COORES-MT). Segundo o desembargador Orlando Perri, supervisor do GMF, será criado um grupo de trabalho com representantes da iniciativa privada para estruturar o projeto.

"Neste encontro, ficamos de formar um grupo de trabalho para podermos construir um projeto de industrialização na área têxtil dos nossos presídios. A ideia é pegarmos a experiência já da iniciativa privada, da Federação das Indústrias, para construirmos esse projeto”, explicou o supervisor do GMF, desembargador Orlando Perri.

Em 2024, a COORES capacitou 267 pessoas em corte e costura, suprindo demandas do mercado. O objetivo agora é expandir a produção para todas as 41 unidades prisionais do estado, começando pelas maiores, como a Penitenciária Central do Estado e a unidade Ahmenon.

“Nós pretendemos profissionalizá-las, dar empregabilidade a elas e, evidentemente, dignidade e condições de elas sobreviverem quando deixarem as unidades prisionais”, reforçou o desembargador Orlando Perri. "A nossa intenção é espalhar para todo o sistema prisional do Estado de Mato Grosso. Como já dissemos, vamos começar primeiro pelas unidades maiores, Penitenciária Central do Estado (PCE) e Ahmenon. A intenção é espalhar para todas as unidades, as 41 unidades do sistema existentes no Estado", reiterou o desembargador.

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A Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) também apoia a ação. Para o vice-presidente da entidade, Jandir Milan, a iniciativa é um passo importante para garantir dignidade e novas oportunidades aos reeducandos. “A Federação das Indústrias é parceira desse projeto, por entender que é de suma importância para dar condições de trabalho aos presos. Esperamos dar dignidade a essas pessoas, por meio do trabalho. No encerramento da sua pena, ele vai poder ser um microempresário e não voltar para o crime”, afirmou.

Sandro Augusto Loma, presidente da Associação Mais Liberdade e idealizador do projeto, propôs a criação de uma cooperativa para qualificar detentos e atender à demanda do mercado por mão de obra, com foco na qualidade da produção e em parcerias comerciais com o setor público e privado. 

“A proposta é oferecer mão de obra ao mercado, pois sabemos que essa é a maior demanda de todos os setores. Então, vamos focar na qualificação dessas pessoas, na qualidade dos produtos que iremos entregar, seja por meio de licitação para o Estado ou compras diretas”.

*(Com informações da Assessoria do TJMT)

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