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Economia Sábado, 05 de Abril de 2025, 14:58 - A | A

05 de Abril de 2025, 14h:58 A- A+

Economia / O BANQUEIRO EM CRISE

André Esteves, sócio do banco BTG Pactual, estaria atuando nos bastidores para atrapalhar o acordo entre o Banco Master e o BRB

Reunião não divulgada oficialmente com presidente do Banco Central levanta suspeitas de interferência indevida para barrar o negócio

DA REDAÇÃO

Um dos nomes mais poderosos do mercado financeiro brasileiro está novamente no centro de uma polêmica. De acordo com reportagem do site Relatório Reservado, André Esteves, sócio do banco BTG Pactual, estaria atuando nos bastidores para atrapalhar o acordo entre o Banco Master e o BRB (Banco de Brasília). E não seria apenas uma questão de concorrência: há suspeitas de que o banqueiro esteja usando seu poder para manipular o mercado e enfraquecer um concorrente.

Reunião suspeita com o Banco Central

Um dos pontos mais graves revelados pela matéria é que André Esteves teria se encontrado com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, logo após a divulgação da negociação entre o Master e o BRB. A reunião, que não foi divulgada oficialmente, levanta suspeitas de interferência indevida para barrar o negócio. Esteves teria usado sua influência para pressionar autoridades e espalhar desconfiança sobre o Master, principalmente entre investidores e clientes.

BTG mandou recado aos clientes: “Cuidado com o Master”

O BTG Pactual, banco de Esteves, começou a mandar mensagens para seus clientes falando sobre riscos de investir no Banco Master. Em uma delas, o banco alerta que os CDBs do Master poderiam passar do limite de proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que cobre até R$ 250 mil por CPF. Em outras palavras, o recado era: “Tire seu dinheiro de lá antes que seja tarde.” Mesmo sem citar o nome do Master em algumas mensagens, o sentido era claro: gerar medo e forçar investidores a venderem seus papéis do banco, causando prejuízo e desvalorizando seus ativos.

Por que Esteves estaria fazendo isso?

O principal motivo seria a carteira de precatórios que o Banco Master possui, avaliada em cerca de R$ 7 bilhões. Esses precatórios são dívidas do governo que já estão próximas de serem pagas. Ou seja, são valiosos. O BTG, que tem comprado muitos precatórios nos últimos anos, poderia se beneficiar se o Master tiver que vender esses papéis às pressas, por um valor bem abaixo do normal. A estratégia seria clara: derrubar o Master para comprar seus ativos mais baratos. Também há rumores de que o BTG tenha interesse na carteira de crédito consignado do Master, avaliada em R$ 920 milhões, mas esse ponto parece ser apenas uma distração.

Confusão política: quem está com quem?

Além da pressão de mercado, o acordo entre o Master e o BRB também virou alvo de disputas políticas. Já foi dito que o negócio é apoiado por nomes da direita, da esquerda e do centro. Alguns citam o petista Guido Mantega, outros falam em Ciro Nogueira (PP), Antônio Rueda (União Brasil) e até o governador Ibaneis Rocha (MDB). Essa confusão de nomes e partidos pode ser parte do plano: criar barulho e desviar a atenção da verdadeira jogada — a sabotagem feita por Esteves.

Velha tática, novo alvo

Quem conhece André Esteves sabe que essa não seria a primeira vez que ele se envolve em movimentações polêmicas. Ele já foi preso na Lava Jato, tem fama de agir nos bastidores e sempre aparece quando grandes somas estão em jogo. Agora, mais uma vez, ele parece usar seu poder para atrapalhar um negócio que não interessa ao seu banco, mesmo que isso prejudique o mercado, os investidores e o próprio sistema financeiro.

Conclusão: sabotagem a favor próprio

O que está acontecendo é mais do que disputa de mercado. São ações orquestradas para derrubar um concorrente e lucrar com isso. O uso da influência de André Esteves em instituições como o Banco Central, e o envio de mensagens alarmistas a investidores, mostram um comportamento perigoso e, no mínimo, antiético. As autoridades precisam ficar atentas. O sistema financeiro não pode ser dominado por interesses pessoais de quem usa o poder para vencer no grito e no medo. 

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