ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
O Defesa Civil Alerta, sistema de alertas da Defesa Civil Nacional, começou a funcionar em novembro de 2024 na previsão de desastres, sejam eles hidrológicos, meteorológicos, geológicos, reforçando a segurança da população na prevenção de acidentes e prejuízos. Com atuação inicial no Sul e Sudeste, o sistema já começa a ser disponibilizado nas regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste, como anunciou o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), Waldez Góes, ao programa A Voz do Brasil, desta quarta-feira (12).
“Nós lançamos já o Defesa Civil Alerta, colocamos à disposição de todos os estados do Sul e Sudeste, e agora estamos disponibilizando para Norte, Nordeste e Centro-Oeste. E tem chamado muita atenção, porque município de São Paulo, estado de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, já tem vários municípios usando. Às vezes, causando uma certa surpresa, porque é um produto novo, de alerta para salvar vidas, salvar patrimônio”, destacou o ministro.
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A tecnologia utiliza a rede de telefonia celular para emitir alertas, com aviso sonoro e vibratório, que se sobressaem a qualquer outro conteúdo em uso na tela do usuário, inclusive nos celulares em modo silencioso. Com isso, todas as pessoas, inclusive visitantes estrangeiros, que estiverem em áreas de risco de desastres naturais como alagamentos, enxurradas, enchentes, deslizamentos de terra e vendavais, ou causados pelo homem, vão receber as mensagens sem a necessidade de cadastro prévio.
Poucos são os países do mundo que utilizam este tipo de sistema. Para o ministro Waldez Góes, a iniciativa se soma aos demais tipos de alerta para garantir que mais vidas sejam salvas, já que eventos extremos de emergência climática vão seguir ocorrendo cada vez mais. “O Brasil é um dos cinco, seis países no mundo com essa tecnologia. Então, foi um ano de trabalho para garantir que as pessoas, mesmo lidando com esse excesso, com essa frequência de problemas de enchentes, de estiagem, a gente se previna melhor, em termos da vida e do patrimônio”, pontuou.
“A gente não deixou de usar o SMS, o WhatsApp, os mais diferentes, a rádio comunitária, a gente continua usando todos esses produtos de alerta, mas o Defesa Civil Alerta, ele tem duas mensagens, uma severa, que ela dá tempo ainda aquela comunidade tomar uma providência, tirar o carro do local que vai invadir, tirar alguns, tirar a família. E tem o alerta extremo. O alerta extremo, olha, o problema já chegou, e a gente pede que você procure um local seguro. Em regra, é para ter um plano de contingência feito pelo prefeito ou pelo Estado que recebe esta informação, para as pessoas saberem também de onde sair, para onde ir e onde se proteger”, explicou Waldez Góes.
Também durante a entrevista, que ocorreu diretamente do Encontro Nacional de Novos Prefeitos e Prefeitas, o ministro falou sobre a segunda etapa do PAC Seleções, que irá destinar R$ 50 bilhões para obras de infraestrutura urbana, abastecimento de água, equipamentos da saúde, da educação, do esporte, além de empreendimentos do Minha Casa, Minha Vida.
"O Novo PAC Seleções deve selecionar projetos na área de educação, de saúde, de drenagem, de água e onde eu tenho mais responsabilidade, que é a questão da segurança hídrica. Então, tem um eixo do PAC, que é o Água Para Todos, que trabalha infraestrutura hídrica, revitalização de bacias, tecnologias sociais, projetos de dessalinização, ou pequenos sistemas isolados de captação de água, tratamento e distribuição. E nós estamos aí também com a expectativa de colocar irrigação no PAC. O país tem mais de 55 milhões de possibilidades, de hectares de possibilidade de irrigação", afirmou o ministro.