PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
Foi deflagrada na manhã desta sexta-feira (6) pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU), a Operação Panaceia, que tem como objetivo investigar crimes de fraude em licitações e associação criminosa que resultaram no desvio de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS). A ação ocorreu em Cáceres e Cuiabá, no Mato Grosso.
Os agentes federais cumpriram 15 mandados de busca e apreensão, além de um mandado de prisão temporária. Também foram determinadas medidas cautelares como o afastamento de dois servidores públicos de suas funções e o bloqueio judicial de R$ 5,5 milhões.
Acesse nosso canal de notícias no WhatsApp pelo link: FTN BRASIL
As investigações se basearam em auditorias realizadas pela CGU, que identificaram indícios de superfaturamento, direcionamento de licitações e contratação de empresas de fachada.
As investigações apontam que, durante a pandemia de COVID-19, ocorreram esquemas fraudulentos envolvendo servidores públicos e agentes privados que se uniram para desviar recursos destinados à saúde. Esses recursos eram direcionados a um grupo seleto de empresas cujos sócios tinham ligações entre si, o que comprometeu a transparência e a equidade no uso das verbas públicas. O esquema teria prejudicado a participação de outros potenciais fornecedores, favorecendo interesses particulares.
Antes mesmo da assinatura dos contratos, a Procuradoria Geral do Estado de Mato Grosso (PGE) emitiu parecer alertando as irregularidades aos servidores públicos envolvidos, mas as contratações prosseguiram normalmente.
De acordo com a Secretaria de Saúde de Mato Grosso (SES/MT), o Hospital Regional de Cáceres atua como referência para 23 municípios, atendendo uma população de aproximadamente 400 mil habitantes.