ELISA RIBEIRO
DA REDAÇÃO
Se em seu primeiro mandato o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tinha a meta de dar as condições para que toda a população do país pudesse tomar café da manhã, almoçar e jantar diariamente, o que foi alcançado em 2014, ao assumir a presidência pela terceira vez, o chefe da República colocou no horizonte retirar novamente o Brasil do Mapa da Fome.
Com o panorama de 733 milhões de pessoas passando fome no mundo em 2022 e com os compromissos da Agenda 2030 da ONU cada vez mais distantes, a meta que era nacional, ganhou uma dimensão global quando o Brasil assumiu a presidência do G20.
“É urgente resgatar o espírito de solidariedade que anima os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), para formularmos respostas conjuntas aos desafios econômicos do nosso tempo. Lançaremos, em nossa presidência do G20, uma Aliança Global contra a Fome. Esperamos contar com o apoio e o engajamento de todos vocês”, projetava o presidente Lula em seu discurso ao assumir a liderança do G20, em setembro de 2023.
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A data foi próxima ao recém-lançado Plano Brasil sem Fome, uma estratégia de mobilização e união nacional para erradicar a pobreza e a fome no país. Em pouco mais de um ano, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza foi lançada com 148 adesões e o Brasil retirou 24,4 milhões de pessoas da insegurança alimentar grave, resultado da retomada das políticas sociais pelo Governo Federal.
"Vivemos hoje um marco histórico. A Aliança que construímos juntos, a partir da visão do presidente Lula, está agora pronta para transformar vidas e construir um futuro livre da fome e pobreza extrema", afirmou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, no último dia 18 de novembro.
Agora, os 82 países, a União Africana, a União Europeia, as 24 organizações internacionais, nove instituições financeiras internacionais e 31 organizações filantrópicas e não governamentais vão acelerar os esforços globais para erradicar a fome e a pobreza.
“Sabemos, pela experiência, que uma série de políticas públicas bem desenhadas, como programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, e refeições escolares nutritivas para crianças, têm o potencial de acabar com o flagelo da fome e devolver a esperança e dignidade para as pessoas", discursou o presidente Lula na Cúpula de Chefes de Estado e de Governo do G20, no Rio de Janeiro, antes de passar o bastão da presidência do grupo para a África do Sul.