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Política e Eleições Terça-feira, 04 de Junho de 2024, 07:42 - A | A

04 de Junho de 2024, 07h:42 A- A+

Política e Eleições / GREVE CONTINUA

Governo rejeita nova proposta dos professores e técnicos das instituições federais e greve permanece

Em reunião nesta segunda-feira (3), o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) declarou que a proposta do governo não será alterada mas abrirá espaço para uma nova proposta da categoria

PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO

Em greve a quase dois meses, as entidades sindicais que representam os professores e técnicos da educação não chegaram a um acordo com o governo federal, que deixou claro que a última proposta anunciada pelo Ministério da Gestão e Inovação (MGI) não será alterada. Durante reunião nesta segunda-feira (3), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), o governo ressaltou que seguirá adiante com as discussões apenas com uma nova proposta e não definiu data para uma nova reunião com os professores. A categoria declarou que a greve continuará por tempo indeterminado até que suas reivindicações sejam atendidas.

Os sindicatos, por sua vez, afirmaram que a proposta do governo não atende às demandas da categoria, que reivindica o reajuste do salário dos professores em 3,69% em agosto de 2024; 9% em janeiro de 2025; e 5,16% em maio de 2026. No entanto, o governo justificou que não haveria mais espaço para aumento salarial da categoria para este ano. A última proposta anunciada pelo MGI, prevê apenas dois reajustes, o de 9%, em 2025, e de 3,5%, em 2026.

A reunião, no entanto, terminou sem avanços. A pasta afirmou que só concordaria com a retomada das discussões se fosse apresentada uma nova proposta por parte dos professores, rejeitando, portanto, a última contraproposta enviada pelos docentes na última segunda-feira, dia 27 de maio.

Com o posicionamento do MGI, os manifestantes decidiram manter a ocupação do local, afirmando que só sairiam de lá quando fosse definida uma data para retomada dos trabalhos. A Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB) convocou todos para uma ocupação, no bloco C do MGI, ao lado do Espaço do Servidor. 

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Protesto dos docentes e técnicos

Nesta segunda-feira (3), durnte reunião dos sindicatos com o MGI, a categorias da educação uniram forças para reivindicar a retomada das negociações salariais com o governo federal. As mesas específicas foram encerradas na última segunda-feira (27), após assinatura de acordo com a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes-Federação). No entanto, o juiz Edmilson da Silva Pimenta, da 3ª Vara Federal de Sergipe, anulou o acordo firmado entre o governo federal e a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes) sobre o reajuste salarial dos professores de universidades e institutos federais, abrindo oportunidade para novas tratativas.

O acordo, assinado na última segunda, representou o fim das negociações entre o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e os professores. Porém, outras duas entidades que também participavam das negociações, Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), recusaram a proposta.

A manifestação em Brasília contou com cerca de 300 pessoas, entre professores e técnicos-administrativos, e teve o objetivo de fazer pressão durante reunião dos sindicatos dos docentes, Andes-SN, Sinasefe e Fasubra, com os representantes do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), em Brasília.

A mobilização das categorias, no intitulado Dia Nacional de Luta da Educação Federal, ocorre também em nove estados: Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. Há protestos tanto na rua quanto nas reitorias das universidades federais pelo país.

Em Cuiabá, os professores da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso) e do IFMT (Instituto Federal de Mato Grosso) fecharam trechos da Avenida Fernando Corrêa, próximo ao campus da Universidade. Os profissionais da universidade estão paralisados há duas semanas e os do IFMT há quase dois meses. O ato de protesto foi convocado pela Adufmat (Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso), Sintuf (Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação da UFMT) e Sinasfe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica).

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