PAULA VALÉRIA
DA REDAÇÃO
A Comissão de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados irá discutir nesta terça-feira (16) as greves dos servidores técnico-administrativos de universidades federais e de institutos federais por reajuste salarial. A audiência foi proposta pela deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP) e recebeu o apoio das deputadas Alice Portugal (PCdoB-BA), Erika Kokay (PT-DF), e dos deputados Reimont (PT-RJ) e Rogério Correia (PT-MG).
A audiência é mais um espaço para ampliar o debate sobre as greves dos servidores técnico-administrativos e buscar alternativas para atender às suas reivindicações, que inclui além do reajuste salarial, a valorização da carreira, melhores condições de trabalho e contra a precarização dos serviços públicos.
A greve dos servidores técnico-administrativos das universidades e institutos federais é uma forma legítima de protesto contra a falta de valorização e reconhecimento da categoria, que desempenha um papel fundamental para o funcionamento dessas instituições de ensino.
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Sâmia afirma que, até esta semana mais de 30 universidades e institutos federais já tinham entrado em greve, e outras 50 instituições analisam aderir à paralisação.
"Há um motivo centralizador para a mobilização desses servidores: a necessidade urgente da reposição de perdas salariais", afirma a deputada. Ela reconhece, no entanto, que a paralisação também tem outros motivos, entre eles: a precarização das condições de trabalho, o subfinanciamento dessas instituições e s falta de resposta do governo às demandas apresentadas.
Sâmia ressalta ainda que, de acordo com estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 100% das universidades federais receberam, entre 2010 e 2022, valores inferiores ao necessário para manter o patamar de despesas por matrículas.